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Cemitério lotado faz moradores de Piranhas “emprestarem” túmulos

Segundo Prefeitura de Piranhas, reclamação da população quanto ao cemitério já é algo "que se arrasta por anos"

Cemitério lotado faz moradores de Piranhas
Cemitério Municipal de Piranhas (Foto: Reprodução - G1)

Moradores de Piranhas, na região Oeste de Goiás, estão com dificuldades para sepultar seus entes queridos no cemitério municipal, chegando ao ponto de “emprestar” túmulos para enterros. Isso porque o local estaria lotado e sem mais espaço para novos enterros. Segundo a prefeitura, reclamação da população já é algo “que se arrasta por anos”.

Conforme noticiado por uma TV local, uma moradora da cidade precisou de um “túmulo emprestado” para conseguir enterrar a mãe. A dor de cabeça seria causada pela falta de espaço no cemitério da região, que já está praticamente lotado. Moradores relatam ainda situações de descaso no local, que não estaria sendo bem cuidado.

Em nota, a prefeitura declarou que a reclamação dos moradores em relação à lotação do cemitério é algo “que se arrasta por anos, não sendo problema somente da atual gestão”. “Tanto é verdade, que em gestões anteriores fora feito um planejamento de construção de um cemitério, compra do imóvel para referida construção, e elaboração de projeto. Porém, a construção não fora iniciada”, informou.

Cemitério de Piranhas, em Goiás (Foto: Reprodução)

A nota também nega a informação de “descaso” no cemitério, e informa que obras de melhoria como manutenção e a iluminação dos arredores foram executadas no local.

Custo de projeto para cemitério de Piranhas é inviável, diz prefeitura

A prefeitura pontuou que “recebeu o cemitério municipal em situação caótica”, mas que atendendo a princípios “constitucionais da legalidade”, tem trabalhado para “dar o mínimo de dignidade para os moradores enterrarem seus entes queridos”. “O processo de aquisição do terreno já foi concretizado, conforme ressaltamos, com licenças expedidas, e feita a terraplanagem”, adiantou.

No entanto, a nota diz que a execução do projeto elaborado nas gestões anteriores ficaria em torno de R$ 1,5 milhão, o que, “segundo a receita municipal atual, é totalmente inviável de ser colocado em prática”.

“O governo municipal ratifica o seu compromisso de resolver o problema quanto ao atual e ao novo cemitério, colocando fim a angústia e o despero dos familiares que perderam seus entes queridos e não possuem túmulos próprios para os enterragem. E ainda ressaltamos que o compromisso na agilidade na construção do cemitério aenderá a presente e futura carência de túmulos”, finaliza.