RACISMO

Cliente é indiciado após dizer que atendente negra tem cabelo horroroso, em Aparecida (GO)

A Polícia Civil indiciou o cliente de uma distribuidora de bebidas após ele dizer que…

A Polícia Civil indiciou o cliente de uma distribuidora de bebidas por injúria racial contra uma atendente negra, em Aparecida de Goiânia. Segundo as investigações, o homem ofendeu a mulher com frases como: “Deixa que eu somo essa conta. Gente como você, que tem esse tipo de cabelo, não sabe fazer nada direito, fazem gambiarra”.
Cliente é indiciado após dizer que atendente negra tem cor e cabelo horrorosos, em Aparecida (Foto: Reprodução - PC)

A Polícia Civil indiciou o cliente de uma distribuidora de bebidas após ele dizer que a atendente tem cabelo horroso. O caso ocorreu em Aparecida de Goiânia, em março deste ano. Segundo as investigações, o homem ofendeu a mulher com frases como: “Deixa que eu somo essa conta. Gente como você, que tem esse tipo de cabelo, não sabe fazer nada direito, fazem gambiarra”. Ele responderá por injúria racial.

O caso aconteceu no último dia 5 de março, no Setor Serra Dourada III. Já o indiciamento do homem, que tem mais de 60 anos, foi feito após a conclusão das investigações na sexta-feira (25).

Racismo contra atendente negra em Aparecida

A delegada responsável pelo caso, Luiza Veneranda, afirma que o cliente ofendeu a funcionária enquanto ela o atendia. Segundo a investigadora, o homem atacou a cor da pele da mulher, o cabelo e insinuou que, por ela ser uma mulher negra, não sabia trabalhar.

“O autor proferiu frases tais como “a gente tem que desconfiar desse tipo de gente, sempre fazem coisas erradas. Olha essa menina, olha a cor dela, olha esse cabelo horroroso dela, essa coisa esquisita, feia”, conta a delegada ao G1.

A investigadora explicou que o homem deve responder por injúria racial. Porém, não informou se ele foi preso.

“É inacreditável que em pleno século XXI, no atual estado educacional e civilizatório em que vivemos, ainda tenhamos que conviver com práticas criminosas como o caso em questão”, finalizou a investigadora ao G1.

As autoridades policiais não revelaram qual a identidade do homem. Por isso, até a última atualização desta reportagem, o Mais Goiás não conseguiu localizar a defesa para manifestação.

*Entrevista da delegada foi cedida ao G1