SAÚDE

Com faixas, apitos e panelas, ex-funcionários do HMAP exigem salários em atraso

Ex-funcionários do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) fizeram uma manifestação na manhã desta…

Protesto de ex-funcionário do HMAP (Foto: Reprodução)
Protesto de ex-funcionário do HMAP (Foto: Reprodução)

Ex-funcionários do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) fizeram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (8). Os manifestantes exigem pagamento pelos serviços prestados à unidade de saúde. O Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), Organização Social (OS) que geria a unidade diz não ter recebido os repasses da prefeitura. A administração municipal, no entanto, rebate e diz cumpriu todos os compromissos.

Os ex-funcionários foram até a porta do HMAP com faixas, balões, apitos e panelas. A administradora de uma empresa que prestou serviço para o hospital aponta que são pelo menos 480 colaboradores sem receber salários de abril e maio e que estão sem emprego após a mudança de OS que gere a unidade de saúde. “Cadê o meu dinheiro!”, gritavam enquanto assopravam apitos e batiam panelas.

“É muito revoltante”, diz uma profissional que trabalhou na unidade e foi desligada após a mudança. “A gente se sente desvalorizada, pois dedicamos, às vezes sem descanso”, lamenta.

 

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O HMAP era gerido pelo IBGH e foi assumido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein. No entanto, os meses ainda sob a gestão anterior não foram pagos.

Falta de repasses

O IBGH, que geriu o hospital até o dia 31 de maio de 2022, nega que a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia tenha feito todos os repasses pontualmente. Segundo nota enviada ao Mais Goiás, a OS diz que a prefeitura repassou R$ e 8.721.703,65. E aponta que a quantia é inferior a estimativa de passivo do Contrato de Gestão e esse montante se destinava ao pagamento de salários do mês de maio de 2022 e verbas rescisórias conforme pactuado.

“Não foram feitos outros repasses destinados a pagar fornecedores e prestadores de serviço, havendo, inclusive contato da procuradoria da SMS com esses solicitando dados sobre contratos e valores a serem recebidos”, diz nota da OS.

O comunicado ainda diz que “falta clareza, respeito à opinião pública e compromisso com a verdade ao não esclarecer o que são pagamentos de salários e verbas rescisórias de colaboradores celetistas que eram contratados pelo hospital e prestadores de serviço terceirizados”. “O IBGH reitera seu compromisso com a verdade e com a transparência dos fatos, bem como a probidade administrativa e com o respeito aos recursos públicos”.

Repasses

A Secretaria de Saúde de Aparecida, por outro lado, diz que o contrato com o IBGH para gerenciamento do Hospital Municipal de Aparecida vigorou até 31 de maio, com todos os repasses da pasta realizados pontualmente. E que a pasta fez ainda o repasse para quitação dos passivos trabalhistas.

“Agora, a prestação de contas sobre a aplicação dos recursos pelo IBGH está sendo avaliada por equipe de auditoria externa contratada pela SMS”, salienta a nota.