ALERTA

Com mais de 5 mil casos registrados, Goiânia decreta emergência contra dengue

Cobertura vacinal também está baixa, alerta titular

Secretário de Saúde da Prefeitura de Goiânia, Wilson Pollara em coletiva à imprensa sobre situação de emergência contra dengue (Foto: Divulgação)

A Prefeitura de Goiânia decretou situação de emergência em saúde pública na tarde desta terça-feira (12) em resposta ao aumento exponencial de casos de dengue. Com 5.724 confirmações em 2024, a capital já ultrapassou a média dos últimos cinco anos, segundo o secretário de Saúde, Wilson Pollara. As medidas foram anunciadas em coletiva com a imprensa no Paço Municipal.

De acordo com o secretário de Saúde, a medida visa garantir agilidade na compra de insumos, contratação de pessoal e acesso a recursos do Ministério da Saúde. “Podemos contratar mais pessoas, comprar mais insumos, ter acesso a recursos do Ministério da Saúde. São uma série de coisas que não poderíamos fazer por conta de regras da legislação”, destacou Pollara.

Embora a situação seja preocupante, Pollara ressalta que não há motivo para pânico. “Não é motivo de alarde. Se não controlarmos nesse nível, a coisa pode piorar muito mais”, alertou. Um óbito por dengue foi confirmado em 2024 e outras dez mortes são investigadas.  Cerca de 70% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão em residências, o que reforça a importância da colaboração da população na prevenção da doença.

Duas situações levaram a Prefeitura a decretar o contexto de atenção. “A primeira é a do Ministério da Saúde que é a manutenção durante quatro semanas de níveis crescentes dos casos. E quando o número de casos por mês ultrapassa a média dos últimos cinco anos. Temos cinco mil casos, o que caracteriza o que podemos decretar. Isso é importante porque nos dá recursos administrativos para ações mais contundentes”, explicou.

De acordo com Pollara, com a situação, Goiânia poderá ter acesso a recursos junto ao Ministério da Saúde. O montante pode chegar a R$ 5 milhões. “Não é algo absurdo, mas é razoável”, salienta. O secretário também chama atenção para a vacinação. Apesar de não ser o instrumento que mais conteria o vírus, os índices estão muito baixos.

Com 12% de cobertura vacinal aplicadas, Pollara pede para que a população faça adesão ao movimento de vacinação. “Precisamos de maior empenho da população em melhorar o fluxo de vacinação. Hoje ainda está baixo das crianças entre 10 a 14 anos. Ainda este ano, a vacina não é a grande arma. A empresa produz uma quantidade muito pequena. Acreditamos que para os próximos anos, a vacina terá mais importância”, salientou.