SAÚDE

Compra de analgésicos cresce 62% no Brasil com a pandemia

Segundo a pesquisa Global Pain Index de 2018, 96% dos brasileiros já sentiram dor em…

Compra de analgésicos cresceu 62% com a pandemia
Compra de analgésicos cresceu 62% com a pandemia

Segundo a pesquisa Global Pain Index de 2018, 96% dos brasileiros já sentiram dor em algum momento da vida. A pandemia do novo coronavírus fez com que essas dores se tornassem ainda mais presentes. Prova disso é que a compra de analgésicos sem prescrição em março de 2020 em relação ao mesmo mês em 2019 cresceu 62% no Brasil, segundo dados da IQVIA, que presta consultoria do mercado de saúde.

Especialista em dor, o médico goiano Gustavo Andriolo afirma que esse aumento tem fator emocional. Segundo ele, o aumento do nível de ansiedade e preocupação gera alterações orânicas, psicológicas e imunológicas. “Isso contribui para a piora da dor dos pacientes.”

Ele diz, ainda, que a automedicação pode mascarar outros problemas, uma vez que o médico deixa de ser procurado nessas situações. Mas as dores podem não ser provenientes da pandemia.

Origem

O recomendado, em caso de dor, é buscar um acompanhamento multiprofissional, diz o médico. “Emoções, expectativas, gênero, raça, hábitos de vida e valores são fatores levados em consideração. É importante lembrar que a experiência da dor é única e individual, devendo sempre ser respeitada. Por isso, os cuidados de uma equipe oferecem mais vantagens se comparado a métodos tradicionais”, recomenda Andriolo sobre exames específicos e consultas.

Além dele, a geneticista Thaís Cidália ressalta ser possível sugerir o tratamento mais adequado baseado no perfil genético do paciente. “Existem genes associados a maior ou menor sensibilidade à dor.” Segundo ela, este conhecimento ajuda na conduta do tratamento, inclusive, na escolha de medicamentos de forma mais específica para cada caso.

Sugestões

Para evitar (ou minimizar) dores, os profissionais da saúde sugerem uma série de medidas. Entre elas, tirar um tempo para relaxar; buscar por uma boa noite de sono; realizar uma dieta equilibrada e saudável; não pular refeições; evitar álcool e cafeína; praticar exercícios físicos e mais.

Eles também sugerem sorrir para aliviar tensões; manter-se otimista; e trabalhar técnicas de respiração para ajudar a reduzir a ansiedade.