POLUIÇÃO

Goiânia: PC indicia Comurg por descarte irregular de lixo em estação de transbordo

Foi comprovado que Comurg e estação de transbordo não tinham licença ambiental para disposição das toneladas de lixo

Comurg recolheu em três dias cerca de 1700 toneladas de resíduos urbanos em transbordo (Foto: Divulgação/Demma)
Comurg recolheu em três dias cerca de 1700 toneladas de resíduos urbanos em transbordo (Foto: Divulgação/Demma)

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) indiciou a Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg) por descarte irregular de lixo em uma estação de transbordo, localizada nas proximidades da GO-020, na saída para Bela Vista. O inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário com o indiciamento nesta quinta-feira (8).

Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), as investigações começaram após os lixos coletados na capital serem deixados no terreno por defeitos em equipamentos. A Comurg explicou que as rampas utilizadas para transferir os resíduos coletados pelos caminhões estavam quebradas.

Após a polícia iniciar as investigações pelo crime de poluição no local no dia 1° de fevereiro, a Comurg realizou uma força tarefa e removeu em três dias, aproximadamente, 1,7 mil toneladas de resíduos urbanos para o aterro sanitário, que fica próximo à GO-060, na saída para Trindade.

Em nota, a Comurg disse que toda a área do transbordo da Comurg, situada nas proximidades da GO-020, está completamente limpa. Além disso, ressaltou que foram utilizados 40 veículos, entre caminhões e pá carregadeiras, somando 275 viagens, totalizando 1.740 toneladas de resíduos.

De acordo com o titular da Dema, Luziano de Carvalho, foi comprovado que a estação de transbordo e a disposição das toneladas de lixo não tinham licença ambiental. “A estação de transbordo de resíduos sólidos urbanos é uma atividade potencialmente poluidora e há necessidade de licenciamento ambiental para seu funcionamento”.

Luziano ressaltou que a Comurg foi indiciada por não ter licença ambiental para o despejo do lixo urbano no local e por crime de poluição culposa. O titular da Dema disse que foram indiciados o coordenador da estação de transbordo, o presidente da Companhia e a própria Comurg como pessoa jurídica.

A identidade dos envolvidos não foi divulgada e, por isso, não foi possível localizar a defesa deles. O espaço está aberto.