Decisão judicial

Condenado ladrão que ficou paraplégico após roubo e tiroteio com GCM

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) condenou um acusado de roubo a…

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) condenou um acusado de roubo a seis anos e quatro meses de prisão. Durante uma troca de tiros com a polícia, que antecedeu sua detenção, o acusado, Sillas de Souza Ferreira, foi alvejado e acabou ficando paraplégico. A defesa do acusado ainda tentou conseguir o perdão da Justiça, mas o pedido foi negado. A sentença foi dada pela titular da 6ª Vara dos Crimes Punidos com Reclusão de Goiânia, Placidina Pires.

Para a magistrada, o perdão judicial não está previsto para o crime de roubo e, além disso, Sillas já possuía passagens por homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Contudo, Placidina entendeu que a pena do réu poderá ser cumprida no regime semiaberto, por questão humanitária. “A conduta praticada necessita de repressão estatal e da consequente imposição de sanção penal, notadamente em função da gravidade concreta do crime, que se trata de roubo praticado, mediante grave ameaça, exercida com emprego de arma de fogo”, defende.

Entenda

Conforme consta na sentença, o crime ocorreu em abril de 2018. Sillas  interceptou uma família que entrava num carro, no Setor Sudoeste, em Goiânia. Ele deu voz de assalto e pediu todos os pertences e a chave do carro. Enquanto tentava fugir, um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM) percebeu o roubo.

Na versão do réu, ele foi alvejado nas costas, sem que houvesse tiroteio, antes mesmo de entrar no automóvel. Contudo, as vítimas e o agente de segurança pública alegaram que o acusado atirou primeiro e, em seguida, o guarda revidou. Os tiros acertaram Sillas e a lataria do veículo, de modo que o então suspeito ficasse paraplégico.

A defesa argumentou, justamente, que as consequências da infração penal afetaram o réu de forma tão grave que a pena teria se tornado desnecessária, o que não convenceu Placidina.

*Thaynara da Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo