Meio Ambiente

Construções ilegais em Planaltina podem secar o Rio Maranhão, diz delegado

Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que resultou em denúncia do…

Construções ilegais em Planaltina podem o Rio Maranhão, diz delegado
Construções ilegais em Planaltina podem o Rio Maranhão, diz delegado

Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que resultou em denúncia do Ministério Público Estadual (MP/GO), aponta que várias edificações foram construídas em locais proibidos às margens da Lagoa Formosa, que fica na cidade de Planaltina, Goiás. Segundo o delegado Luziano Carvalho, titular da Delegacia Estadual de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), como as edificações foram erguidas em algumas nascentes, e em outros pontos a água está sendo desviada para a criação de gado e a irrigação de soja, é grande o risco de que o Rio Maranhão venha a secar em um curto espaço de tempo.

O problema é grave, segundo apurou o Ibama, e depois confirmou a Dema. Isso porque várias casas, quiosques e passarelas foram construídas a menos de 50 metros da lagoa. Junto com vários desvios realizados ao longo das nascentes, estas edificações em locais proibidos, segundo Luziano Carvalho, já fizeram com que a água desaparecesse em pelo menos 15 quilômetros.

“O mais preocupante é que estão drenando as áreas brejosas, e as veredas, e quando essa água acabar, a nascente nunca mais se recupera, e primeiro vai secar a lagoa, e depois o Rio Maranhão, que é responsável pelo abastecimento de várias cidades, e também do Lago de Serra da Mesa,”, alertou o titular da Dema.

Indiciados por crime ambiental, os proprietários de edificações e propriedades rurais denunciados nos 46 inquéritos concluídos e remetidos hoje ao Poder Judiciário, terão que sanar os danos. Eles também terão que pagar uma multa que, segundo o delegado, deve ultrapassar R$ 500 mil.

“Mais importante do que o processo penal e a multa, é obrigar todos eles a desocupar imediatamente as áreas em volta da lagoa, e também acabar com os desvios e outras intervenções que foram realizadas nas nascentes”, concluiu Luziano.