Crueldade

Corpo encontrado em cachoeira de Abadiânia é de japonesa desaparecida

O Instituto de Identificação da Polícia Civil identificou que o corpo encontrado em uma cachoeira…

Justiça condena a 23 anos de prisão homem que matou turista japonesa em Abadiânia
Justiça condena a 23 anos de prisão homem que matou turista japonesa em Abadiânia (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

O Instituto de Identificação da Polícia Civil identificou que o corpo encontrado em uma cachoeira próximo à Casa Dom Inácio de Loyola é da japonesa Hitomi Akamatsu, de 43 anos. O principal suspeito do crime, um jovem, de 18 anos, foi preso na última segunda-feira (16), após a Polícia Civil (PC) ser informada do desaparecimento da vítima.

De acordo com a datiloscopista Dagmar Maria da Rocha, a identificação da vítima foi possível por meio das impressões digitais, devido ao avançado estado de decomposição do corpo. “Como ela já estava no Brasil há dois anos, a gente pediu à Polícia Federal que nos enviasse a digital que foi fornecida a eles. Com isso, conseguimos confirmar a sua identificação”, destaca.

Hitomi estava em Abadiânia desde 2018. O desaparecimento dela foi informado à PC por um amigo que desconfiou do sumiço da mulher, segundo informações do delegado Albert Peixoto Salvador. Ele contou que a amiga era sobrevivente do acidente nuclear de Fukushima, que aconteceu em 2011, no Japão, e, por isso, decidiu-se mudar para a cidade goiana.

Corpo encontrado em cachoeira de Abadiânia é de japonesa

Local onde o corpo da mulher foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros (Foto: divulgação/PC)

Latrocínio

O crime ocorreu no último dia 10 de novembro. Segundo o delegado, o suspeito alegou que cometeu o crime com o intuito de roubar a japonesa para sanar uma dívida de R$ 670 oriunda do tráfico de drogas. Por isso, ele decidiu ir à cachoeira onde encontrou Hitomi.

“Ele nos relatou que foi nesse lugar por ter bastante estrangeiros. Ao anunciar o assalto, a moça teria resistido e então ele a estrangulou com a própria camisa que usava. Ele disse que fez isso com medo de ser denunciado”, conta.

Ainda segundo o investigador, logo após o crime, ele jogou o corpo da japonesa em uma vala e o cobriu com terra e pedras. Ao delegado, ele contou que não viu nada de valor e ateou fogo em alguns pertences da vítima. Ele teria ficado com a camisa da moça que, segundo ele em depoimento,  oi descartada num contêiner da cidade.

Cães farejadores do Corpo de Bombeiros ajudaram a encontrar o corpo. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML)  de Anápolis, que, após a identificação foi liberado. A Polícia Técnico-Científica informou que a Embaixada do Japão no Brasil requisitou uma procuração para a família de Hitomi no Japão.

Por meio de nota, a Embaixada afirmou a notificação da morte e que “está tomando tomando as medidas necessárias para cooperar com a polícia e auxiliar na comunicação com as pessoas relacionadas à vítima.”