Incêndios

Decisão do Ibama de retirar brigadistas do Pantanal afeta goianos

A decisão do Ibama de retirar as brigadas de combate a incêndios de suas áreas…

A decisão do Ibama de retirar as brigadas de combate a incêndios de suas áreas de atuação (Amazônia e Pantanal) não agradou nada as entidade de proteção ambiental. Em nota, a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente, a Ascema, chamou de absurda a iniciativa que, inclusive, afetou o grupo de brigadistas goianos que estava atuando na Pantanal matogrossensse.

Na nota, a Ascema criticou a decisão de remanejar fundos do combate a incêndios e afirmou que, se o governo não repassa recursos, “os servidores e os brigadistas não podem estar em campo, arriscando suas vidas sem o mínimo de suporte e garantias nem condições apropriadas de trabalho”.

“É mais um absurdo deste governo que não prioriza recursos para prevenção e combate às queimadas, fiscalização ambiental, ciência e tecnologia, saúde, vacinação da Covid-19 e etc. Um governo que rasga dinheiro com o fim do Fundo Amazônia e agora diz que não tem recursos”, declarou a Ascema, em clara reprovação à decisão.

A um veículo local, a Ascema afirmou que um grupo de 11 brigadistas goianos, que atuou prioritariamente na região da Chapada dos Veadeiros, integrava a equipe de combate ao fogo no Pantanal, mas foi desmobilizado e retirado do local após a decisão do Ibama.

O Mais Goiás questionou o órgão federal sobre a retirada da brigada goiana. Por meio de nota, o Ibama alegou remanejamento de recursos como justificativa para determinar o retorno de todos os brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).

Questionado sobre a atual situação das queimadas no Pantanal, que teve 14% do bioma destruído pelo fogo somente em setembro, conforme o Inpe, o órgão não se manifestou.

Leia a nota:

“O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informa que, em virtude do remanejamento de 16 milhões de reais em recursos do próprio Ministério do Meio Ambiente, devidamente autorizado pela Economia e da perspectiva de liberação de mais 60 milhões de reais em recursos por parte do Ministério da Economia, determinou o retorno imediato dos brigadistas que atuam no Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo)”