TRANSPORTE COLETIVO

Defensoria Pública questiona por que não há mais ônibus nas ruas de Goiânia

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) encaminhou um ofício à Redemob concessionária para…

DPE-GO cobra informações sobre transporte coletivo à Redemob
(Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)

A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) encaminhou um ofício à Redemob concessionária para buscar informações sobre o cumprimento de medidas sanitárias contra a Covid-19. O documento foi encaminhado nesta quinta-feira (18) e tem um prazo de cinco dias úteis para a resposta.

Um dos questionamentos feitos pela defensoria é por qual motivo a Redemob não coloca nas ruas diariamente 1.100 ônibus, conforme determinado por uma resolução da Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC). O órgão solicita também informações sobre o total da frota selada e disponível, bem como o número de veículos.

A solicitação da DPE-GO foi feita um dia depois que o diretor executivo da Redemob, Leomar Avelino, afirmou em coletiva de imprensa que é tecnicamente impossível cumprir a exigência de levar apensa passageiro sentados na região metropolitana.

“Há um esforço gigantesco por parte das empresas”, continuou. “Toda a frota disponível está rodando. Foram colocados 220 ônibus a mais, mas essa determinação é tecnicamente impossível. Para atendermos isso, precisaríamos de 2 mil ônibus a mais. Mesmo se existisse essa possibilidade, o sistema todo travaria nos terminais”, completou o diretor executivo.

Na ocasião, Lemoar ressaltou que apenas com o cumprimento efetivo do decreto e um escalonamento do funcionamento das atividades essenciais seria possível atender às determinações impostas. “Com a conjugação desses fatores, afirmo com certeza que há uma grande possibilidade de evitar que as pessoas sejam transportadas em pé”, concluiu.

No final de fevereiro, a CMTC) se manifestou sobre o decreto municipal que estabelece novas restrições para a capital e já adiantou que não é possível transportar apenas passageiros sentados em horário de pico. A afirmação é uma resposta ao trecho do documento que determina o distanciamento de passageiros durante as viagens.