CASO VALÉRIO LUIZ

Defesa diz que não há provas para condenar Maurício Sampaio: “acredito na absolvição”

O advogado de Maurício Sampaio, acusado de mandar matar o jornalista Valério Luiz, disse que…

O advogado de Maurício Sampaio, acusado de mandar matar o jornalista Valério Luiz, disse que não há provas para a condenação do réu. (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)
O advogado de Maurício Sampaio, acusado de mandar matar o jornalista Valério Luiz, disse que não há provas para a condenação do réu. (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)

O advogado de Maurício Sampaio, acusado de mandar matar o jornalista Valério Luiz, disse que não há provas para a condenação do réu. “Acredito piamente na absolvição”, afirmou Luiz Carlos da Silva Neto à imprensa quando chegava ao Plenário do Tribunal de Justiça de Goiás, em Goiânia, para participar do julgamento do caso. Sessão que se inicia nesta segunda (13) não tem previsão de término. O defensor acredita que o Júri deve ocorrer até pelo menos o final da noite de quarta-feira (15).

“Não há provas para indiciá-lo, denunciá-lo e sequer pronunciá-lo. A pronúncia é um arbítrio baseado em prova de inquisa, de inquérito, que não foi confirmada pelo juiz. Ninguém pode ser levado a júri só com prova de inquisa e muito menos ser condenado com essa prova”, pondeu o advogado.

Segundo ele, as provas contra Maurício Sampaio são baseadas em depoimentos e que um dos réus – Marcos Vinícius Pereira – fez oitivas conflitantes. “Em um depoimento ele diz que matou, no outro ele afirma que quem matou foi outra pessoa. Em juízo, ele negou essa prova e disse que foi torturado pela Polícia para falar isso. Como podiam pronunciar Maurício com essa prova?”, indagou.

Contribuição com a Justiça

Durante a fala, Luiz Carlos Neto afirmou que pretende contribuir com a Justiça, desde que o réu tenha os direitos assegurados. “Vamos tentar fazer o Júri, mas, evidentemente, se os direitos dele continuarem sendo violados, nós insistiremos que não temos condições de prosseguir com a presidência do juiz”, comentou.

Questionado sobre a intenção de não comparecer à sessão, o advogado disse que, coincidentemente, também tinha outra audiência para participar no Rio de Janeiro. Como a Justiça de Goiás indeferiu o pedido de adiamento do Júri, o defensor protocolou requerimento no outro Estado, sendo a sessão de lá adiada para agosto.