AGRESSÃO

Delegado desmente versão de farmacêutico que foi espancado em Aparecida

Após as apurações iniciais, a Polícia Civil de Goiás, através do delegado Divino Batista, da…

Após as apurações iniciais, a Polícia Civil de Goiás, através do delegado Divino Batista, da 6ª Delegacia de Polícia de Aparecida de Goiânia, manifestou-se sobre o caso do farmacêutico que foi espancado e jogado numa caçamba de lixo, no Jardim Tiradentes, na madrugada de sábado, 5, para domingo, 6. Ao Mais Goiás, o delegado revelou que a motivação do crime não condiz com a versão da vítima e que todos os suspeitos do caso foram identificados e já estão sendo ouvidos.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o farmacêutico Wender Henrique Porto, de 32 anos, é cruelmente espancado por três homens com diversos golpes na cabeça, enquanto está caído no chão. Após as agressões, dois dos homens pegam Wender e o jogam numa caçamba de lixo industrial. O farmacêutico teve a mandíbula quebrada e um corte profundo na região da cabeça. A mãe da vítima contou que o filho se recupera e que não se lembra de quase nada dos momentos antes das agressões.

O delegado Divino Batista, responsável pelo caso, relata que Wender compareceu na delegacia de polícia na manhã desta terça-feira, 8, e registrou uma ocorrência de roubo. Entretanto, Batista revela que não foi essa a real motivação do crime.

“Não teria sido um assalto, apesar de que, segundo a vítima, foi levado o aparelho celular e a moto foi encontrada abandonada, posteriormente”, declarou o delegado.

De acordo com o delegado Divino Batista, são quatro agressores envolvidos no caso e não três, como se pensava. Batista relata que a confusão que levou ao espancamento de Wender teve início na festa de aniversário do sogro de três dos agressores, no Jardim Tiradentes, na noite de sábado, 5. Segundo o delegado, Wender teria sido convidado por uma outra pessoa para o evento e, lá, por razão ainda desconhecida, teria agredido a esposa de um dos suspeitos da agressão com um chute nas nádegas.

O delegado conta ainda que, depois disso, uma discussão teve início. Conforme Batista, Wender chegou a se retirar da festa, mas voltou logo depois. No momento que foi embora de vez, o marido da mulher que teria levado o chute de Wender e outros três homens decidiram se vingar. “Um deles seguiu a vítima, que saiu de moto, e a derrubou com o carro. Ele já estava no chão quando os três chegaram e aí sim [ocorrem] aquelas agressões que mostram as imagens”, narra o delegado.

Ao Mais Goiás, Batista conta ainda que os agressores só jogaram Wender na caçamba de lixo porque pensaram ter matado o rapaz.

Suspeitos foram identificados e já estão sendo ouvidos

Ainda de acordo com o delegado da Polícia Civil, os quatro suspeitos da agressão já foram identificados. Um deles se apresentou na tarde de hoje, 8, na delegacia e já foi ouvido. Um outro se comprometeu a comparecer amanhã de manhã, quarta-feira, 9, junto com seu advogado. Os outros dois estão foragidos, com um deles tendo fugido para o estado do Pará.

Batista revela que Wender ainda não foi formalmente ouvido, o que deve ocorrer após as oitivas das testemunhas. “Ele será ouvido para que seja confrontada a versão dele com a versão das testemunhas”, conclui o delegado.