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Delegado prende suspeitos de dar “golpe do motoboy” e alerta idosos

Dois homens e uma mulher foram presos em Goiânia por agentes da Delegacia Estadual de…

Um dos suspeitos presos na operação Card Seeking, com as máquinas de cartão que ele usava. Foto: Polícia Civil
Um dos suspeitos presos na operação Card Seeking, com as máquinas de cartão que ele usava. Foto: Polícia Civil

Dois homens e uma mulher foram presos em Goiânia por agentes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) suspeitos de integrar uma quadrilha que teria aplicado golpes de altas quantias em idosos. Ao apresentar detalhes das investigações nesta terça-feira (17), o delegado Cássio Arantes, adjunto da Deic, fez um alerta para que as pessoas jamais repassem dados pessoais pelo telefone.

O trio, segundo o delegado, faz parte de uma quadrilha que aplica o “golpe do cartão”, que tem como semelhança com o “bença tia”, o fato da própria vitima repassar seus dados para os criminosos. “Eles pegam números de telefone aleatórios e vão ligando, quando percebem que a pessoa que atendeu é um idoso, se apresentam como sendo de algum banco, e dizem que determinado cartão dela foi clonado. Para ganhar confiança, e conseguir a senha, os bandidos pedem que o idoso quebre o cartão, e falam que alguém da agência, ou mesmo um policial civil, está indo na casa para buscá-lo, já que a suposta clonagem estaria sendo investigada. Há casos, ainda, que eles pedem que a pessoa escreva uma carta de próprio punho falando que não fez determinada compra, e coloque seus dados para que sejam anexado nas investigações”, relatou Cássio Arantes.

Com os três suspeitos presos, os policiais apreenderam uma camionete de alto luxo, um Jet Ski, produtos de beleza, aparelhos de telefone celular, uísques e champanhes que custam mais de R$ 900 cada garrafa, além de 12 máquinas de cartão. Eles responderão por receptação qualificada, estelionato, e organização criminosa.

O delegado disse que trabalha agora no sentido de identificar quem são os outros integrantes da quadrilha, mas deixou uma orientação que, segundo ele, se for cumprida, impedirá que criminosos, mesmo em liberdade, consigam enganar alguém. “Em hipótese alguma repasse qualquer dado bancário ou pessoal por telefone, se tiver dúvida se a pessoa que te ligou é mesmo do banco ou de determinado cartão, o que dificilmente acontece, procure seu gerente, e, se for o caso, vá na agência física”.

Jet ski adquirido com dinheiro do golpe. Foto: Polícia Civil

Jet ski adquirido com dinheiro do golpe. Foto: Polícia Civil