ESTELIONATO

Dono de garagem que sumiu com R$ 3 milhões dos clientes é preso em Aparecida

Após se apresentar para a Polícia Civil na segunda-feira (18), o dono da garagem de…

Dono de garagem que desapareceu com R$ 3 milhões da venda de carros de clientes é preso em Aparecida de Goiânia
Dono de garagem que desapareceu com R$ 3 milhões da venda de carros de clientes é preso em Aparecida de Goiânia (Foto: Ilustração/Pixabay)

Após se apresentar para a Polícia Civil na segunda-feira (18), o dono da garagem de veículos Will Seminovos foi preso por estelionato em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital. Ele era considerado foragido após 40 clientes registrar um boletim de ocorrência onde afirmam que o empresário vendeu seus veículos, mas não repassou os valores a eles.

Segundo a delegada responsável pela investigação, desde a divulgação do caso, as denuncias subiram para 80 e o valor do prejuízo que era estimado em R$ 1 milhão, saltou para R$ 3 milhões.

“Ele confessou que teve problemas financeiros, que realmente pegava os carros das pessoas e não repassava o dinheiro. Nos dizeres dele, era tipo um ‘tapa buracos’, ele vendia um carro e entregava o dinheiro para aquele cliente que estava cobrando, financiava alguns carros sem autorização do proprietário e tudo isso foi gerando uma dívida muito grande até acontecer o que aconteceu”, explica a delegada Bruna Coelho.

Golpe nos clientes

No dia 7 de julho, cerca de 40 clientes relataram que o dono da garagem desapareceu com cerca de R$ 1 milhão oriundos da venda de carros. Eles disseram que tentaram contato com o empresário desde o dia 4, mas não conseguiram localizá-lo.

As vítimas deixavam os veículos em consignação para serem vendidos. Quando o empresário realizava a venda, não transferia o valor devido aos proprietários dos carros (ou pagava apenas uma parte). Um dos clientes deixou 14 veículos para serem vendidos pelo investigado e ficou no prejuízo.

Quando os clientes foram até a garagem para cobrar o dinheiro, os funcionários do local recolheram os computadores para fechar a loja, mas as vítimas acionaram a Polícia Militar que encaminhou os envolvidos para a delegacia.

Surto psicológico

A defesa do dono da garagem solicitou a anulação da prisão sob a alegação de que o homem é réu primário, tem endereço fixo, é trabalhador com bons antecedentes e que a prisão pode prejudicar a saúde mental do empresário, já que ele está em tratamento médico devido a um surto psicológico. Disseram ainda que o homem assumiu a responsabilidade pelo golpe e tem a intenção de ressarcir os clientes pelos prejuízos.

O dono da garagem segue preso à disposição do Poder Judiciário.

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