INVESTIGAÇÃO

“Ele disse que vai me achar”, diz empresária que denunciou ex-namorado em Rialma (GO)

Embora o ex-namorado Carlos Henrique de Mendonca Artiaga esteja preso e tenha sido indiciado violência…

Empresária diz que sente “medo” mesmo após suboficial de cartório ser indiciado por agredi-la em Rialma (GO)
Empresária diz que sente “medo” mesmo após suboficial de cartório ser indiciado por agredi-la em Rialma (GO) (Foto: Reprodução/Instagram)

Embora o ex-namorado Carlos Henrique de Mendonca Artiaga esteja preso e tenha sido indiciado violência doméstica, injúria e ameaça, a empresária Natália Eustáquio, de 33 anos, ainda convive com o medo no município em que ela mora, Rialma (GO). O fato que deu causa à prisão de Carlos, que é suboficial de cartório, aconteceu no dia 19 de março deste ano. O processo segue em segredo de Justiça.

“Estou em pânico. Ele já deixou claro em outras brigas que se ele fosse preso ele iria me achar. Estou fazendo acompanhamento com profissionais para voltar a trabalhar. Eu não consigo dormir de medo dele. Eu sei que ele está preso, mas o medo dele me deixa aterrorizada, como várias vezes ele já ameaçou minha família e por ele ser uma pessoa influente”, contou a empresária ao Mais Goiás.

Os dois teriam ficado juntos cerca de 3 anos e, segundo Natália, as brigas eram constantes com ameaças e xingamentos por parte de Carlos.

Segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), o processo está em segredo de Justiça, por isso não pode divulgar se a denúncia será feita ou não.

Agressão

No último dia 19 de março, o casal estava no rancho de Carlos, em Rialma, até que começou uma discussão por ele ter ficado com ciúmes de fotos que a empresária publicou nas redes sociais. Segundo ela, seriam fotos para seu trabalho. “Já tínhamos brigado antes das fotos e a discussão começou novamente por ciúmes das roupas que eu estava usando”, disse.

“Ele disse que tinha homens comentando na minha foto e começou a querer tomar meu celular e me xingar. […] Ele me empurrou contra o balcão e eu derrubei tudo no chão, sobrou só um copo em cima, que ele jogou em mim e cortou a minha mão. Nessa hora ele me jogou no chão, começou a me agredir ainda tentando pegar meu telefone”, contou a empresária.

Carlos conseguiu pegar o celular, mas não conseguiu desbloqueá-lo. Nervoso, ele teria se aproximado dela com as mãos fechadas e a empresária pegou uma faca pedindo para ele se afastar. “Ele me fechou lá [no quarto] e, por mais ou menos uma hora e meia, falou coisas horríveis sobre os meus filhos, a minha família. Eu joguei a faca pela janela e sentei na cama. Parecia que eu estava em choque”, completou.

Após a briga, um amigo de Carlos levou Natália para o apartamento dela, mas sem devolver o celular, que foi quebrado. A empresária tinha um outro aparelho e chamou uma amiga que a acompanhou a uma delegacia da Polícia Civil, onde foi registrada a denúncia. A Polícia Militar foi até onde Carlos estava e ele foi preso em flagrante.

Defesa de Carlos

Ao Mais Goiás, a defesa de Carlos afirma que o cliente “nega que os fatos tenham acontecido da forma que foi narrado por ela [a empresária], que o mesmo não praticou qualquer fato criminoso e que demonstrará sua inocência no decorrer da instrução, caso haja oferecimento de denúncia”.

Além disso, segundo a defesa entende que não há necessidade de prisão por isso “buscará a revogação [da prisão] junto ao juízo competente para que ele, diante da remota possibilidade, mas possível de oferecimento e recebimento da denúncia, responda o processo em liberdade”.