SAÚDE

Em meio a alta de dengue, lixo do Carnaval pode agravar cenário epidemiológico em Goiás

O governo de Goiás decretou situação de emergência. Sete mortes por dengue já foram confirmadas

Em meio a alta de dengue, lixo do Carnaval pode agravar cenário epidemiológico em Goiás
Em meio a alta de dengue, lixo do Carnaval pode agravar cenário epidemiológico em Goiás (Foto: Agência Brasil)

Por Leonardo Calazenço, do Mais Goiás

Com alto índice de casos de dengue, o governo de Goiás alerta a população para o cenário epidemiológico que pode se agravar por causa do acúmulo de lixo durante o Carnaval. Com o início das festividades, a atenção redobrada vale, principalmente, para as cidades turísticas que devem receber milhares de foliões neste feriado.

Em 2020, uma pesquisa realizada em cinco capitais brasileiras revelou que os dias de festa durante o Carnaval resultaram em 3,5 mil toneladas de resíduos nas ruas. O titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Rasível dos Reis, explica que o acúmulo de água em locais indevidos é o maior problema no combate à dengue e pede que a população redobre os cuidados com a limpeza durante o feriado.

No caso dos eventos, os organizadores precisam garantir a estrutura adequada para a coleta e destinação correta dos resíduos produzidos.

Goiás em situação de emergência

No último dia 2 de fevereiro, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) decretou situação de emergência em saúde pública, depois que o Estado atingiu, por quatro semanas epidemiológicas consecutivas, a taxa de incidência de casos suspeitos de dengue acima do limite definido no Plano de Contingência Estadual para Arboviroses. O decreto autoriza medidas necessárias para evitar internações, casos graves e mortes.

SES-GO investiga mortes

De acordo com os dados da Secretaria da Saúde (SES), sete mortes já foram confirmadas. Os casos notificados totalizam 29.630, um aumento de 705 em relação ao mesmo período do ano passado. Durante o período de Carnaval, a superintendente de Vigilância em Saúde da SES Flúvia Amorim orienta a população a repensar o consumo e comprar só o que faz sentido para a diversão, afim de evitar o acúmulo de lixo pelas ruas.