NESTA SEGUNDA

Em nova fiscalização, Procon Goiás suspende venda de novos planos de saúde Hapvida

Medida cautelar tem duração de 7 dias, podendo ser prorrogada caso a empresa não comprove melhoria no atendimento e vale para todo o estado. Fiscalização desta segunda-feira contou com parceria da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon)

Procon Goiás suspende venda de novos planos de saúde Hapvida
Procon Goiás suspende venda de novos planos de saúde Hapvida (Foto: Procon Goiás)

Na sequência da operação realizada na última sexta-feira (12), o Procon Goiás realizou nova fiscalização, no hospital Jardim América, que atende emergência do plano de saúde Hapvida nesta segunda-feira (15). Diante da reincidência de denúncias pela má prestação de serviço, do longo período de espera por atendimento e da superlotação do pronto socorro, a empresa foi autuada pela segunda vez.

Vale lembrar, na sexta, após denúncias por má prestação de serviço, os fiscais do procon chegaram ao hospital de emergências do plano de saúde (o mesmo desta segunda) e encontraram dezenas de pacientes que relataram demora no atendimento, falta de medicação, acomodação e internação. Um dos casos mais emblemáticos da situação flagrada foi o de um homem de 41 anos que só recebeu atendimento após 17h de espera.

Mas de volta a esta segunda, de maneira cautelar, o Procon Goiás notificou para que haja a suspensão da venda de novos planos, em todo Estado, pelo prazo de 7 dias. O período pode ser prorrogado caso a empresa não comprove melhorias. Vale citar, a ação desta data contou com parceria da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon).

Apesar da primeira autuação feita pelo Procon Goiás, a equipe de fiscalização recebeu novas denúncias de superlotação da unidade de saúde, o que continuou ocasionando demora e falta de atendimento. Durante a operação, os agentes constataram que não há serviço de triagem no pronto-atendimento, o que contraria normas da Agência Nacional de Saúde (ANS). Os fiscais verificaram ainda falta de lençóis em leitos de internação, equipamentos, como medidor de pressão, estragados, e flagraram também manuseio de medicamentos e seringas em bandejas que estavam em cima de lixeiras.

A autuação da empresa pode gerar uma multa que varia de R$ 754 a R$ 11 milhões, dependendo da extensão do dano, gravidade e faturamento da empresa. Se o consumidor precisar denunciar, deve entrar em contato com o Procon Goiás pelos telefones 151 (Goiânia) e (62) 3201-7124 (interior). O registro também pode ser feito pela internet, por meio da plataforma Procon Web (proconweb.ssp.go.gov.br).

Hapvida

O Mais Goiás procurou a Hapvida, que informou que tem reforçado o número de médicos, equipes de atendimento e colaborado com as informações solicitadas. Segundo a empresa, nas últimas semanas, toda a rede pública e privada de saúde têm enfrentado um aumento importante nas demandas de urgência e emergência, causadas por quadros epidemiológicos que assolam o país.

Nota completa:

“A empresa informa que respeita e está à disposição do Procon-GO para quaisquer esclarecimentos, em nome do absoluto compromisso com a saúde dos seus beneficiários.

A respeito das fiscalizações realizadas nos últimos dias, esclarece que tem reforçado o número de médicos, equipes de atendimento e colaborado com as informações solicitadas, tendo em vista que, nas últimas semanas, toda a rede pública e privada de saúde têm enfrentado um aumento importante nas demandas de urgência e emergência, causadas por quadros epidemiológicos que assolam o país.

A autuação está sendo analisada e a Companhia prestará os devidos esclarecimentos ao órgão, bem como vem adotando todas as medidas necessárias ao aprimoramento e adequação dos serviços prestados na unidade.”

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