Caso João de Deus

Em porão, Polícia apreende mais dinheiro e pedras preciosas de João de Deus

A Polícia Civil de Goiás apreendeu mais dinheiro e pedras preciosas, no final da manhã…

A Polícia Civil de Goiás apreendeu mais dinheiro e pedras preciosas, no final da manhã desta sexta-feira (21), em Abadiânia. O valor em cédulas ainda não foi contabilizado, e a avaliação das pedras, assim como identificação delas, precisará de uma perícia, segundo a chefia da corporação. As apreensões aconteceram depois de buscas serem feitas em três endereços do médium João Teixeira de Faria, de 76 anos, conhecido como João de Deus.

Esta é a segunda apreensão de grande quantidade de dinheiro feita pelos investigadores da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Na primeira ocasião, no dia 18 deste mês, foram encontrados R$ 405 mil em reais, dólares, euros, pesos e libras. Os valores também estavam em um fundo falso de um guarda roupas, em outro imóvel.

Dinheiro e pedras preciosas são encontrados pela Polícia Civil escondidos dentro de porão que era fechado no fundo falso de um guarda roupas (Foto: PC-GO)

Dinheiro e pedras preciosas são encontrados pela Polícia Civil escondidos dentro de porão que era fechado no fundo falso de um guarda roupas (Foto: PC-GO)

Uma promotora que compõe a força-tarefa do Ministério Público Estadual acompanhou os cumprimentos dos mandados de busca e confirmou que os trabalhos feitos em conjunto com a polícia judiciária servem para compor os processos que também seguem no órgão ministerial.

Na última quinta-feira (20), a Polícia Civil ouviu dois funcionários da Casa Dom Inácio de Loyola, o centro usado para que o médium João de Deus fizesse os atendimentos ao público — um dos alvos de buscas nesta sexta-feira. Em entrevista à Rede Record de Goiás, o delegado que preside os inquéritos Valdemir Pereira Branco disse que havia no local uma espécie de laboratório para fabricação de medicamentos espirituais.

Dinheiro e pedras preciosas são encontrados escondidos dentro de porão que era fechado no fundo falso de um guarda roupas (Foto: PC-GO)

Dinheiro e pedras preciosas são encontrados escondidos dentro de porão que era fechado no fundo falso de um guarda roupas (Foto: PC-GO)

João de Deus deu informações sobre o laboratório, durante o depoimento prestado às autoridades, e disse que no local, uma farmacêutica fora contratada para chefiar o serviço de fabricação do que seria remédio espiritual, comercializado nas dependências da Casa Dom Inácio de Loyola. Agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária estiveram na casa durante a manhã.

Dinheiro e pedras preciosas são encontrados pela Polícia Civil escondidos dentro de porão que era fechado no fundo falso de um guarda roupas (Foto: PC-GO)

Dinheiro e pedras preciosas são encontrados pela Polícia Civil escondidos dentro de porão que era fechado no fundo falso de um guarda roupas (Foto: PC-GO)

“Os outros casos, mesmo que prescritos, para nós, têm uma grande importância, porque têm valor de prova testemunhal. Além dos depoimentos de vítimas, as diligências de buscas e apreensões nos endereços, somam-se às provas dos casos”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes.

SOLTURA

O presidente do Surpemo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli deve julgar hoje o recurso impetrado pela defesa de João de Deus para que ele seja colocado em liberdade. Este é o terceiro habeas corpus que será julgado, porque os dois anteriores tiveram negativas do desembargador Jairo Ferreira Júnior, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) e do ministro Nefi Cordeiro, da sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), respectivamente.