SAÚDE

Em UTI de hospital público, pacientes se recuperam com videogame; veja vídeo

Ninguém poderia imaginar um paciente que se recupera na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e,…

Ninguém poderia imaginar um paciente que se recupera na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, ao mesmo tempo, joga boliche, dança ou simula escalar um paredão. Isso é possível através do Fisiogame, um X-Box® itinerante levado pela equipe de fisioterapia do Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, em Goiânia. O objetivo é complementar o tratamento fisioterapêutico de pacientes com problemas neurológicos e portadores de doenças ou limitações motoras.

O projeto, que já começou a ser executado nas clínicas de internação, estimula a interação dos pacientes com o jogo virtual, que além de divertir, contribuem com a reabilitação motora. A iniciativa inédita na rede pública de saúde de Goiás oferece aos pacientes a possibilidade de interação com o X-Box® através do ‘Mova-se com o Fisiogame’, que promove através dos jogos, estímulos visuais, táteis, auditivos e sensoriais.

O videogame, que detecta em três dimensões os movimentos dos jogadores, proporciona uma reabilitação da coordenação motora, do equilíbrio e da marcha, entre outros, além de estimular o lado lúdico e a imaginação do paciente, por gerar a sensação de que ele está em outra realidade.

A utilização da Realidade Virtual Não Imersiva (RVNI) em terapias com pacientes neurológicos, induz as áreas motoras do córtex a se envolverem potencialmente para execução de dada tarefa, e essa reorganização cortical tem grande importância na plasticidade do tecido lesionado/debilitado, aponta a gerente de Fisioterapia do HGG, Joana França Barbosa.

Para a aplicação, os fisioterapeutas da unidade HGG passaram por treinamento prévio para seleção e manuseio dos jogos e equipamentos. Os jogos são escolhidos de acordo com alguma dificuldade específica do paciente em recuperação, considerando a execução das tarefas ou movimentos exigidos pelos jogos, como arremessar, chutar, agachar ou dançar. Por exemplo, os movimentos de dança desenvolvem a coordenação motora, a agilidade, o ritmo e a percepção espacial de forma natural.

“O uso da realidade virtual não imersiva está cada vez mais presente em unidades de saúde e clínicas de reabilitação como terapia adicional para tentar atenuar os déficits sensório-motores e acelerar o processo de recuperação funcional. Tem se mostrado uma maneira interativa, eficaz e divertida de tratar sequelas motoras provenientes de lesões e de diversas patologias crônicas”, explicou Joana. (Com informações da Assessoria de Comunicação)