Investigação

Empresa escondia equipamentos usados em arrombamentos de caixas eletrônicos

Uma denúncia anônima levou a Polícia Civil a encontrar, em uma empresa de locação que…

Uma denúncia anônima levou a Polícia Civil a encontrar, em uma empresa de locação que funciona na Avenida Quarta Radial, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, vários equipamentos usados no arrombamento de caixas eletrônicos. No subsolo da loja, os agentes apreenderam ainda sete motos roubadas.

Foram apreendidos cilindros de oxigênio e uma furadeira eletromagnética “fura copo”, avaliada em mais de R$ 20 mil, e que geralmente é usada por criminosos para abrir caixas eletrônicos. Parte das motocicletas tinha registro por furto e outras estavam com numeração do chassis adulterada. A empresa, segundo o delegado Samuel Moura, não é registrada, porém, tem cinco anos de operação, mas nunca emitiu recibos de locação nesse período.

Além do “empresário”, Helmar Magalhães dos Santos, a polícia também prendeu Rômulo Pereira Barbosa, que se passava por agente da Delegacia Estadual de Repressão aos Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA). “Nossa suspeita é que o Helmar seja o responsável por locar os equipamentos para criminosos, e que o Rômulo era quem, ao ser passar por policial, conseguia os documentos e placas falsas para as motos roubadas que foram aprendidas na empresa”, relatou o delegado.

Rômulo se apresentava como policial civil da DERFRVA (Foto: divulgação/PC)

Além da dupla, a polícia está investigando também Erinavaldo Alves de Souza, que cumpriu pena de dois anos por roubo, é monitorado por tornozeleira eletrônica e já foi funcionário de Helmar. “Precisamos cruzar depoimentos e aprofundar as investigações para saber se, de fato, assim como a denúncia feita pelo 197, todas estas pessoas estão envolvidas com criminosos que arrombam caixas eletrônicos. Importante ressaltar que alguns indícios e materiais apreendido nós já temos”, concluiu Samuel.

Helmar foi autuado por receptação e Rômulo, por contravenção penal, pelo fato de se apresentar como servidor público. Conduzido para a delegacia, Erinavaldo foi liberado após prestar depoimento.