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Empresa interditada por “falso financiamento” em Goiânia é a 31ª em um ano e pode ter causado R$ 180 mil de prejuízo

Seriam, pelo menos, 50 clientes lesados

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Empresa interditada por "falso financiamento" em Goiânia é a 31ª em um ano (Foto: Procon Goiás)

O Procon Goiás e a Polícia Civil interditaram uma empresa que operava o que ficou conhecido como “falso financiamento”, em Goiânia, na segunda-feira (6), e pode ter causado até R$ 180 mil de prejuízo. A operação aconteceu na Vila Abajá, em Goiânia. Em um ano, foram 31 companhias deste ramo que foram interditadas pelo órgão de defesa do consumidor.

Nesta ação, participou a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). Segundo o Procon, a empresa atraía o consumidor com anúncio de venda de veículos na internet, em sites de marketplace ou nas redes sociais, e recebia a garantia de aquisição do bem em poucos dias.

O cliente, então, pagava uma quantia que seria a entrada de um financiamento, mas não recebia o automóvel. Após dias, o consumidor procurava a empresa, que “esclarecia” que ele tinha assinado um contrato de consultoria ou assessoria financeira, ou seja, estava configurado o “golpe do falso financiamento”.

De acordo com o Procon, na maioria dos casos, não havia a devolução dos valores pagos e o consumidor ficava sem o bem e sem o dinheiro da entrada. O órgão informou ao Mais Goiás que seriam, pelo menos, 50 clientes lesados. Os prejuízos estimados variam entre R$ 150 mil e 180 mil.

Durante a operação, três consumidores chegaram no local, pois estavam há dias sem contato com os vendedores. Outros dois clientes foram a loja para fechar o contrato e levar o dinheiro, mas se depararam com a ação e se “salvaram”.

A empresa foi interditada por não passar informações claras aos clientes, cláusulas contratuais abusivas e por propaganda enganosa. Ela terá 20 dias para apresentar defesa. A Polícia Civil apreendeu documentos, aparelhos telefônicos, prints de conversas entre vendedores e consumidores e seguirá com a investigação criminal.

Ninguém foi preso neste momento. A identidade dos alvos e o número de investigados também não foram informado.