POLÍCIA FEDERAL

Empresa que fica no Daia e é investigada pela PF tem histórico de fraude e condenações

A empresa investigada por fraude no Daia pela Polícia Federal em operação realizada na manhã…

Letreiros do Daia em Anápolis
Distrito AgroIndustrial de Anápolis (Foto: Reprodução)

A empresa investigada por fraude no Daia pela Polícia Federal em operação realizada na manhã desta terça-feira (24) foi inabilitada da licitação para assumir a gestão do Porto Seco de Anápolis por não se enquadrar nos requisitos técnicos para a construção da Estação Aduaneira Interior na cidade, em 2019.

Empresários da Porto Seco Centro Oeste, que gere a estação aduaneira de Anápolis e foi concorrente da licitação realizada em 2017, chegaram a denunciar que o juiz federal Alaôr Piacini havia proferido decisões favoráveis a Aurora da Amazônia Terminais e Serviços, que teria entre os seus advogados em outras causas, o próprio filho do magistrado. O juiz chegou a ser afastado do caso.

Além disso, o dono da empresa, Franco di Gregório, foi condenado pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) por fraude de licitação em uma concorrência para gestão de cargas do aeroporto de Manaus.

O Mais Goiás busca contato com representantes da empresa. O espaço está aberto para a livre manifestação.

Investigações apontam pagamento de propina

A Aurora da Amazônia Terminais e Serviços é investigada pela Polícia Federal por suposto pagamento de propina para viabilizar a compra de terreno no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) — um dos requisitos para assumir a gestão da estação aduaneira — por preço abaixo do valor de mercado.

Segundo a Polícia Federal, a empresa cooptou servidores públicos do Dnit através de propina e passaram a cuidar dos interesses da empresa junto à autarquia. A avaliação do terreno realizada pelos servidores cooptados foi de R$ 11 milhões, bem abaixo do valor de mercado de R$ 44 milhões.

Atual gestora do Porto Seco denuncia irregularidades

Por meio de nota, o Grupo Porto Seco Centro-Oeste aponta que a Operação Daia, deflagrada pela Polícia Federal, envolve suspeitas de irregularidades cometidas pela empresa Aurora da Amazônia, que foi sua concorrente em licitação realizada em 2017.

“Atual operador do terminal alfandegado de Anápolis, o Grupo Porto Seco Centro-Oeste não é parte das investigações e tem, na verdade, denunciado nos últimos anos as manobras jurídicas e administrativas da concorrente com o objetivo de burlar o edital de licitação para assumir a prestação do serviço mesmo sem apresentar as condições exigidas pela Receita Federal. Confiamos na atuação dos órgãos de fiscalização e na justiça e seguimos à disposição para contribuir com as investigações”, diz a nota.