Banco do Brasil

Empresário goiano é preso suspeito de golpe que deu prejuízo de R$ 21 milhões no Banco do Brasil; entenda

Investigações mostraram que hackers adulteravam QR Code de boletos emitidos por prefeituras, fazendo com que apenas alguns centavos, de valores milionários, fossem devolvidos ao banco

Empresário goiano preso por golpe contra o Banco do Brasil - Itens apreendidos em operação da PCDF (Foto: PCDF)
Empresário goiano suspeito de golpe contra o Banco do Brasil seria responsável por lavar o dinheiro da fraude (Foto: PC/DF)

Empresário goiano que tem uma rede de postos de combustíveis em Goiânia foi preso esta semana durante uma ação da Polícia Civil do Distrito Federal que investigou um golpe de R$ 21 milhões praticado contra o Banco do Brasil. Pelo que foi apurado, após adulterarem o QR Code de boletos emitidos por prefeituras, golpistas ficavam com valores milionários, que teriam que ser devolvidos ao banco.

O golpe investigado pela PC do DF teria ocorrido entre os dias sete e 31 de janeiro do ano passado. Neste curto espaço de tempo, o grupo criminoso, formado por mais de 10 pessoas, adulterou boletos verdadeiros para destinação de doações para diversos objetivos, como a recuperação de áreas atingidas por enchentes.

“A fraude acontecia após a emissão de boletos que eram emitidos por prefeituras e que eram pagos na instituição. Os golpistas, porém, não repassavam o valor que estava no documento, eles efetuavam uma troca, por meio de recursos cibernéticos, permitindo que, com alguns centavos, um boleto com um valor muito alto fosse quitado”, revela o delegado Giancarlos Zuliani, da Polícia Civil do DF.

Segundo ele, era dessa forma que banco tinha esse valor retirado, mas não recebia o pagamento de volta”, descreveu. O empresário goiano, ainda de acordo com o que foi apurado, tinha a função de “lavar” o dinheiro arrecadado com o golpe.

Empresário goiano foi preso com outras 9 pessoas

Além do empresário goiano, outros nove suspeitos de participação na fraude também foram presos no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Mato Grosso, Santa Catarina, Maranhão, Minas Gerais e Amapá. Nomes e idades dos presos, que responderão por furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa, não foram divulgados. Além das prisões, a polícia também cumpriu mandados de busca e apreendeu dinheiro em espécie, armas, computadores e celulares.

Goiano celebrou fraude com espumante em Goiânia

Um vídeo obtido pela Polícia Civil do DF mostra quando o goiano e outras pessoas estouram espumante e fazem uma grande festa em um imóvel de alto luxo, em Goiânia. Segundo as investigações, as filmagens foram feitas durante a comemoração pelo sucesso obtido na fraude.

Por meio de nota, o Banco do Brasil disse que “as investigações iniciaram a partir de apuração que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. O Banco do Brasil colabora com as autoridades na investigação de fraudes com o repasse de subsídios no seu âmbito de atuação e possui processos estabelecidos para apuração de fraudes contra a instituição”.