TECNOLOGIA

Empresários goianos usam aplicativo para vencer crise

Com a crise do novo coronavírus, diversos segmentos se viram de portas fechadas. A medida,…

Em Goiás, apps tentam contornar a crise do coronavírus
Em Goiás, apps tentam contornar a crise do coronavírus

Com a crise do novo coronavírus, diversos segmentos se viram de portas fechadas. A medida, tomada após decreto, obrigou empresários a se adaptarem. Uma das ferramentas mais utilizadas nesse momento é o aplicativo para smartphones.

Um deles, desenvolvido em Goiás, ainda não está 100% operacional, mas mesmo assim teve mais de 6 mil downloads, desde sua liberação, na última quarta-feira (15). Em fase de cadastramento dos prestadores de serviço, o app objetiva ser um elo entre prestadores de serviços e quem precisa dessas atividades.

Trata-se do Cia Job, que surgiu de uma discussão entre um grupo de amigos de Goiás que viram essa lacuna no mercado de trabalho e se juntaram para investir na ideia. Apesar de surgir nessa época, o app é desenvolvido há seis meses, segundo informações da assessoria de comunicação do mesmo.

Na prática, o prestador de serviços se cadastra, fala de suas habilidades e disponibilidades. Além disso, ele informa referências e se capacita para iniciar o recebimento de pedidos de trabalho. Essa segunda ponta, aqueles que precisam, podem ser condomínios, empresas, etc. Diferente de outros apps, o valor que a ferramenta cobra será fixa e não percentual.

App

O empresário por trás do aplicativo, Maurício Costa, explica que o app já está em 16 Estados. Ele relata, que, além da questão do coronavírus, o lançamento prévio ocorreu para a verificação de falhas e necessidade de melhorias. “Entre 70 e 90 dias vamos disponibilizar o banco de dados para quem quiser contratar”, prevê ele que garante: “É o primeiro aplicativo que pensa no trabalhador.”

Maurício aproveita para explicar o funcionamento da ferramenta. Ele exemplifica: “Se eu preciso de um jornalista urgente para uma reunião, clico no app, coloco a profissão que eu quero e faço a busca. Ele mostra os profissionais cadastrados em raio de 3 km, em tempo real.”

De acordo com ele, aqueles cadastrados são avaliados por um departamento de avaliação que comprova as qualificações minunciosamente. “O gestor de segurança é um policial civil”, revela.

Sobre valores, ele aponta que existe uma taxa anual de R$ 49,90 para os prestadores de serviço. Este profissional paga, ainda, R$ 9 do recebido, que volta para plataforma, mas que parte é reinvestido na previdência e no seguro. “É disponível para todas as profissões.”

A parceria para chegar a todo País, segundo Maurício, foi feita com a Assembleia de Deus no Brasil, em 14 Estados, e, nos outros dois, pelos ex-superintendentes do Ministério do Trabalho Israel Lessa (Alagoas) e Adonias de Oliveira (Amapá).

Outras iniciativas

Por Goiás, as mais diversas startups têm se adaptado ao momento de crise. Da Polichat, o empresário Alberto Silva Filho, tem trabalhado mais do que nunca nesses últimos dias para criar uma plataforma que converge para um só aplicativo de celular todas as mensagens vindas de redes sociais. “A demanda cresceu nos últimos dias porque, em razão da pandemia, os canais de atendimento à distância, ao invés de uma simples melhoria, passaram a ser uma grande necessidade para que muitas empresas continuassem funcionando”, conta.

A empresa atende cerca de 180 clientes no Brasil e já mira no mercado internacional. “Com a pandemia, a demanda para outros países aumentou, embora nosso foco seja o mercado brasileiro. Vendemos a ferramenta para Paraguai e Japão. O Ministério da Saúde também contratou nossa solução para atender ao público”, diz.

Marcos Bernardo, co-fundador do Gyntec Academy, afirma que esse modelo de negócio tende a crescer com a crise. “O objetivo básico das startups é diminuir custos e aumentar produtividade através de prestação de serviços digitais, o que mais se precisa neste momento”, frisa. Segundo ele, que não se adaptar estará morto. “É a lei do darwinismo, onde só sobrevivem aqueles que melhor se adaptam às novas realidades do mercado.”

A Congressy, plataforma de gestão e realização de eventos corporativos, também se reinventou. Após ter 90% dos eventos cadastrados cancelados, Wyndson Oliveira, fundador e CEO da empresa, informa que a startup mudou o seu modelo de negócio e passou a organizar seminários, congressos e cursos totalmente online. “Dentro de nove dias, o nosso time fez os estudos e adaptações técnicas para a mudança para um novo modelo de negócio”, destacou. “Só com dois dias de lançamento desse novo serviço já recebemos centenas de pedidos.”

Por meio da tecnologia, a plataforma consegue promover, totalmente à distância, congressos e cursos onlines para um número ilimitado de participantes. “Continuamos a fazer todo o gerenciamento do evento, desde a criação do hotsite para divulgação e realização de inscrições, até a conectividade entre palestrantes e o público participante. Por meio da plataforma pode-se disponibilizar de forma online vídeos e documentos com hora e data marcada. É possível também o uso de vídeos em 360º para proporcionar uma experiência de realidade virtual aos participantes”, explica.