INVESTIGAÇÃO

Estudante de Direito acusada de extorsão de homem casado diz que celular foi clonado

A estudante de direito de 23 anos, levada à delegacia na última quinta-feira (29), após…

Segundo delegado, ela chegou a cobrar R$ 40 mil de vítima para não revelar informações íntimas. (Foto: Reprodução/TV Globo DF)

A estudante de direito de 23 anos, levada à delegacia na última quinta-feira (29), após supostamente se passar por garota de programa para chantagear clientes em Anápolis, afirmou que o celular o qual ela utilizava foi clonado. A jovem disse que há cerca de um mês vem recebendo mensagens e ligações estranhas e precisou até trocar de número.

“Sempre os mesmo números, com DDD de Brasília. Quando eu pergunto quem é, a pessoa fala que pegou meu número em um site. Estão falando que estou envolvida em uma quadrilha, o que é uma inverdade. Tem um mês que isso está acontecendo, e a Polícia Civil (PC) não averiguou se meu número foi clonado ou não. Eles simplesmente me levaram algemada para a delegacia. Achei isso absurdo e estranho”, afirma.

A estudante conta que na quinta-feira, os policiais chegaram na sua residência, informaram que uma denúncia tinha sido feita e que ela estava sendo acusada de estelionato. “Não me perguntaram nada e já me levaram presa. Durante a audiência de custodia não me explicaram o que aconteceu, só perguntaram meu nome e endereço. Fui liberada e até hoje estou sem saber direito”, conta.

A jovem afirma que durante a audiência não foram mostradas as provas da acusação e que nenhuma pergunta que fez, foi respondida.

“Estou muito triste com essa situação, fazendo terapia, exclui as redes-sociais. Estou em contato com meu advogado pois a todo momento notícias com minha foto estão sendo divulgadas. Ninguém vai acreditar em mim pois não tenho dinheiro. Não estou mais frequentando a faculdade, minha família toda está abalada. Sempre fui certa com minhas coisas, faço o curso de direito e estou sempre do lado da lei”, concluiu.

O caso está sendo investigado pelo delegado Giancarlos Zuliani Júnior, da Delegacia Especial de Repressão ao Crime Cibernético (DRCC). Giancarlos diz que o caso está agora na parte pericial e investigação se existem outras vítimas de estelionato.

“O principal instrumento foi apreendido, que é o telefone celular da estudante. A perícia irá verificar conversas que foram apagadas, em um processo que leva cerca de 60 dias“. Sobre a suspeita da jovem de que seu telefone foi clonado, o delegado é enfático. “O aparelho está normal, não tem nada disso”, afirma.

Giancarlos Zuliani conclui informando que toda a denúncia foi explicada para a estudante, e que a própria tem acesso a acusação. “Como a estudante não possui antecedentes criminais, responderá em liberdade“, disse o delegado.