Descaso

Estudantes denunciam risco de acidente em obras abandonadas na GO-334, em Mozarlândia

Sem resposta, alunos que precisam sair de Mozarlândia para estudar em Rubiataba denunciam obras paradas…

Aterro foi construído para que os veículos, provisoriamente, passassem por cima de rio, porém as obras estão paradas (Foto: Divulgação / Goinfra)
Aterro foi construído para que os veículos, provisoriamente, passassem por cima de rio, porém as obras estão paradas (Foto: Divulgação / Goinfra)

Sem resposta, alunos que precisam sair de Mozarlândia para estudar em Rubiataba denunciam obras paradas da GO-334 e cobram conclusão da reforma da rodovia. O trecho, que ainda está parado, liga os municípios de Mozarlândia e Nova América. Em maio deste ano, os estudantes procuraram o Mais Goiás para reclamar da precariedade da estrada e cobrar a conclusão das obras de reconstrução da mencionada rodovia,

Eles alegam que, por causa da construção de duas pontes, são obrigados a seguir em um desvio que passa por um aterro improvisado, sem segurança para os veículos.  Segundo o acadêmico de Direito Antônio Augusto Fulanetti, todos os dias o ônibus que faz o traslado escolar entre os municípios de Mozarlândia e Rubiataba, tem que fazer um desvio de cerca de 20 km por uma estrada vicinal.

“Essas obras começaram há muito tempo e nunca foram concluídas. Para inaugurar parte da pista, a Goinfra só jogou uma a massa asfáltica em cima da pista. Nada foi sinalizado… Para quem trafega por lá à noite, como é o nosso caso, é muito perigoso, já que o trajeto oferece diversos riscos com a falta de sinalização. Os motoristas não têm visão”, ressalta.

Para que o tráfego seja possível por cima de um rio um aterro foi construído para pela Goinfra, sob o qual transitam dois ônibus escolares que levam cerca de 70 alunos todos os dias para Rubiataba. A estrutura foi feita para os veículos trafegarem enquanto as duas pontes são construídas. Porém, os estudantes reclamam que as obras mal foram iniciadas e já estão abandonadas.

“Eles só começaram a construir a ponte. Lá tem apenas a base delas. Tem mato pra todo lado já. Está largado! Nossa maior preocupação é termos que continuar passando pelo aterro quando as chuvas voltarem. A estrutura não vai resistir”, reclama

Um dos trecho onde ponte deveria estar sendo construída (Foto: Leitor / Mais Goiás)

Um dos trecho onde ponte deveria estar sendo construída (Foto: Leitor / Mais Goiás)

Preocupação

Também em entrevista ao Mais Goiás, a estudante de Direito, Beatriz Medeiros, relata que aguarda a inauguração total da rodovia há muito tempo: cerca de três anos. “Desde que entrei faculdade, em 2016, fico na expectativa de terem terminado a pista para a gente seguir em uma rodovia segura e bem sinalizada. A gente percorre 120 km para chegar na faculdade, é uma viagem muito cansativa e a gente fica preocupado de ter que passar por este aterro e ainda seguir mais de 20 km em um desvio. Eles fizeram esse aterro para facilitar, mas e quando chover? A gente não vai conseguir passar pelo local”, relata.

Por causa das más condições da pista, os ônibus, segundo Beatriz, levam cerca de 1h para percorrer os 20km de desvio e conseguir voltar para a rodovia. A estudante diz não se sentir segura afirma que a sensação nas viagens é de que o ônibus pode tombar a qualquer instante.

“É muito desconfortável. A gente já chega na faculdade cansado. Eu realmente me sinto abandonada pela minha própria cidade e pelo governo. A gente corre risco todo dia e eles não nos dão retorno de confiança. Ficam apenas com promessas vazias de que as obras estão sendo concluídas. Concluídas como se as pontes ainda nem foram feitas?”, questiona.

O Mais Goiás tentou contato através de e-mail e ligação com a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), às 16h14 deste domingo (15), e aguarda retorno.

(Foto: Leitor / Mais Goiás)

(Foto: Leitor / Mais Goiás)

*Thaynara Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira