Comunidade LGBT

Estudantes promovem primeiro casamento coletivo LGBT do estado de Goiás

Estudantes do Curso de Eventos da Cambury organizam na noite desta terça-feira (20) o primeiro…

Estudantes do Curso de Eventos da Cambury organizam na noite desta terça-feira (20) o primeiro casamento coletivo LGBT do estado de Goiás. A atividade, intitulada “Cambury Party: Diversidade – Noivos & Noivas”, faz parte do curso de superior de Eventos e irá realizar a cerimônia de três casais – um deles heterossexual, às 20h30, nas dependências da Instituição de ensino.

Além da realização da cerimônia com uma juíza de paz, os noivos e noivas terão direito a buffet, decoração, vestimenta, cerimonial, som, iluminação, penteado e maquiagem, tudo custeado por patrocínios captados pelos próprios estudantes. O evento contará ainda com palestras sobre a realização e o mercado de casamentos segmentado.

A professora Giovana Tavares, coordenadora do casamento, afirmou que a inciativa partiu da própria turma. “Essa é a atividade que encerra o semestre da disciplina. Realizamos uma discussão com toda a sala e chegamos à conclusão, em conjunto, que faríamos um evento inédito no estado”, ressaltou.

Giovana reforça ainda que o casamento coletivo LGBT, além de permitir aos alunos terem contato com clientes diferentes, faz uma reflexão importante sobre tolerância. “Ela nos mostra que há mercado para a diversidade e que é possível trabalhar nesse ramo. Além disso, traz uma discussão muito importante sobre o momento que estamos vivendo”, concluiu.

A decisão de realizar a cerimônia partiu da própria turma. (Foto: Fernando Diniz Fotografia)

“Não é coisa de outro mundo”

Poliana Viana e Aline Dias estão juntas há dois anos e meio. Ficaram sabendo do casamento coletivo por meio de colegas e decidiram participar da cerimônia.

Em entrevista ao Mais Goiás, Poliana ressaltou que o evento dá um importante recado para a sociedade goiana. “Eu acredito que é uma forma de mostrar o caminho que a diversidade está tomando. Nossa sociedade tem regredido nos últimos tempos, mas não vamos ceder”, afirmou

Ela afirma ainda que o ato “tem um cunho social absurdo. É uma forma de mostrar que não é uma coisa de outro mundo. Somos pessoas normais, levamos uma vida normal e nos casamos como todo mundo”, concluiu.