TRIO

Família é suspeita de criar perfis falsos de garotas de programas para extorquir vítimas em Goiânia

Mãe e filho foram detidos; um segundo filho está foragido

Família é suspeita de criar perfis falsos de garotas de programas para extorquir vítimas em Goiânia
Família é suspeita de criar perfis falsos de garotas de programas para extorquir vítimas em Goiânia (Foto: Polícia Civil)

A Polícia Civil prendeu mãe e filho suspeitos de extorsão qualificada e associação criminosa, em Goiânia, na segunda-feira (6). Um outro filho da mulher está foragido. O trio é suspeito de extorquir uma vítima em R$ 10 mil, ao ameaçar expor conversas sobre a negociação com uma suposta garota de programa.

Delegado titular do Grupo Especial de Investigações Criminais de Goiânia (GEIC), Alex Rodrigues informou que já existem outros procedimentos policiais que investigam os suspeitos pelos mesmos crimes, mas com outras vítimas. Conforme ele, o trio cria falsos anúncios de garotas de programa de luxo na internet para atrair as vítimas.

As vítimas, que entram em contato para combinar o programa, são ameaçadas e obrigadas a depositarem valores para não ter as conversas enviadas a conhecidos.

Mas sobre o caso mais recente, de acordo com a corporação, a prisão ocorreu no Residencial Araguaia. A polícia revelou que a vítima, depois de negociar um “programa sexual”, foi ameaçada pelos suspeitos a ter as conversas expostas para conhecidos. Com isso, fez várias transferências bancárias para manter os diálogos ocultos.

Ao chegar aos R$ 10 mil, as ameaças continuaram e a vítima resolveu denunciar o caso à polícia. O GEIC, então, conseguiu identificar os criminosos como Siles Gleibe Fernandes Moreira e seus dois filhos, Paulo Henrique Fernandes de Sousa e João Paulo Fernandes de Abreu – o último está foragido.

“Os dois [detidos] já possuem passagens por delitos diversos”, reforçou. Sobre como os policiais chegaram aos suspeitos, ele revelou que “a conta fornecida para o depósito dos valores das vítimas, era da mulher que foi detida”.

Os dois presos foram encaminhados para o sistema prisional, estando à disposição do Poder Judiciário. O Mais Goiás tenta conseguir o contato da defesa dos dois para uma posição.

Conforme o delegado, “a divulgação da imagem dos investigados foi procedida nos termos da Lei 13.869/2019, portaria normativa n° 02/2020/DGPC e portaria n° 547/2021/DGPC, tendo em vista o interesse público no sentido de identificar outras eventuais vítimas de crimes praticados por eles”.