Angústia

Familiares de torcedor do Goiás morto comentam decisão da PC de não afastar suspeito

A notícia de que Gabriel Tortura Chaves não será afastado das funções na Polícia Civil…

Parentes de torcedor do Goiás morto comentam decisão da PC de não afastar suspeito
Parentes de torcedor do Goiás morto comentam decisão da PC de não afastar suspeito

A notícia de que Gabriel Tortura Chaves não será afastado das funções na Polícia Civil (PC) deixou familiares da vítima angustiados. Helênio Rodrigues Cardoso Filho, de 30 anos, foi morto com um tiro na última quinta-feira (31), depois do jogo entre Goiás e Flamengo.

Eduardo Amaral Antunes, primo da vítima, disse ao Mais Goiás que a família de Helênio ainda está muito triste pelo que aconteceu. “Além da dor, o sentimento que mais reflete o que a família sente é angústia. Não acreditamos nessa versão romântica de legítima defesa”, afirma.

Apesar de estarem consternados, parentes e amigos ressaltaram que as investigações devem esclarecer o que aconteceu no momento do crime. “Acreditamos nessas instituições e temos a forte expectativa de que quando a Justiça e os investigadores souberem efetivamente das reais condições do disparo e do abuso, uma outra e justa resposta virá”, disse Eduardo.

A PC publicou nota nesta quarta-feira (6). O órgão decidiu que o policial continuará exercendo as funções. De acordo com a corporação, o afastamento do suspeito não tem amparo legal.

A nota da PC diz, ainda, que a sindicância disciplinar não é justificada. Isso porque o crime, que aconteceu no dia 31 de outubro, foi fora de serviço e em circunstância diversa da função exercida pelo policial. O texto ressalta que Gabriel Tortura não possui antecedentes criminais ou disciplinares.

Relembre o caso

De acordo com a PM, Heleno estaria junto com outros torcedores do Goiás na saída do estádio após a partida. Eles, então, teriam cercado outros três torcedores rubro negros. O grupo teria exigido que os simpatizantes do time carioca retirassem as camisas que vestiam.

Ainda de acordo com a corporação, Gabriel teria sacado a arma e se apresentado como policial. Mesmo assim, ainda segundo as testemunhas, o grupo esmeraldino partiu para cima do trio. No momento em que arrancavam as camisas do grupo de amigos, o policial efetuou dois disparos e um deles atingiu o abdômen de Helênio.

Depois de ser atingida a vítima foi socorrida e encaminhada ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas morreu na sala de cirurgia.

O suspeito foi solto após audiência de custódia realizada no seguinte ao crime, no Fórum Criminal, em Goiânia. O juiz entendeu que Gabriel é “réu primário e que pode aplicar diversas medidas cautelares diversas da prisão ao indicado para lhe possibilitar aguardar o processo em liberdade.”