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Funcionárias gestantes e lactantes do Hugo estão sem salário de dezembro

Funcionárias gestantes e lactantes do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) denunciam que não receberam…

O sargento apontado como autor dos disparos que mataram o jornalista Valéria Luiz foi baleado por engano durante briga entre um soldado da corporação e um cliente de um bar (Foto: SES/ Divulgação)
Segundo o hospital, 19 profissionais já foram contratados e 50 novas contratações serão feitas até a próxima segunda-feira (Foto: SES/ Divulgação)
Funcionárias gestantes e lactantes do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) denunciam que não receberam o salário de dezembro. Elas também estariam sem contrato formal desde a mudança de gestão, que ocorreu no início de dezembro.
As 37 gestantes e 20 lactantes eram contratadas em regime celetista através da Organização Social (OS) Haver e prestavam serviços à Unidade de Saúde.
Segundo o termo de acordo número 40, celebrado na Câmara de Conciliação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), os funcionários da Haver seriam dispensados impreterivelmente até dia 30 de novembro devido à mudança de gestão. Com exceção dos estáveis (gestantes, lactantes e afastados por motivo de doença ou acidente de trabalho). Eles deveriam ser recontratados pela nova gestora do Hugo: a INTS.
Entretanto, essa formalidade ainda não foi feita. As funcionárias relatam que não foram procuradas para formalizar a situação. Durante esta semana, elas se reuniram com representantes da INTS, que afirmaram que o pagamento seria realizado nesta sexta-feira (10). No entanto, até o fechamento da reportagem, não havia sido realizado.
Na mesma reunião, representantes da OS também informaram às funcionárias que a assinatura da Carteira de Trabalho também seria firmada. Entretanto, nada foi feito. Diante da situação, o grupo fez denúncia ao Ministério Público do Trabalho e ameaçam buscar solução jurídica.

Espera

“Eu estou gestante. Ficamos abaladas, o momento da gestação já tem muita mudança hormonal, com essa situação fica ainda pior”, relata uma funcionária. “Não parece haver vontade em arrumar nossa situação. Ficam protelando para ganhar tempo”, diz.
Outra funcionária, lactante, afirma que seu período de licença maternidade expira no início de fevereiro, mas está sem saber o que esperar. “Outras colegas já saíram do período de licença, mas não foram recontratadas. Eles alegam que estão levantando os dados, mas parecem querer ganhar tempo”, acredita.

Resposta

O INTS informou, em nota, que realizou nesta sexta-feira (10) o pagamento das gestantes e lactantes (mulheres no período de 1 mês após a licença maternidade) que atuavam no Hugo no período de troca de OS. A OS afirma que os recursos ficarão disponíveis na conta individual entre sexta-feira e sábado “devido a prazo da transação bancária”.

A nota informa, ainda, que o grupo foi pago após os colaboradores em atividade no Hospital já que não “foram recebidas, em tempo oportuno, as informações completas para o efetivo registro e pagamento das mesmas”. “A partir dos próximos meses, os pagamentos dos colaboradores ativos, das gestantes e das lactantes serão realizados no mesmo dia”, finaliza.