Orgulho

GCM goiana é a única mulher a participar do curso da SWAT; Militar do COD fica em primeiro lugar

Servidores da segurança pública goiana fizeram bonito e se destacaram no curso do grupo de…

Servidores da segurança pública goiana fizeram bonito e se destacaram no curso do grupo de elite da polícia americana SWAT, realizado entre os dias 22 abril e 09 de maio em Houston, no estado do Texas, nos Estados Unidos. A Guarda Civil Metropolitana (GCM), Deisy Ribeiro Nunes Campos, foi a única mulher a participar do curso e o policial militar do Comando de Operações de Divisas (COD), Júlio César Ferreira Júnior, ficou em primeiro lugar no curso e ainda foi reconhecido como o melhor atirador da temporada.

Deisy tem 37 anos e está há 13 anos na Guarda Civil Metropolitana. Atuando na área de Gerência de Pesquisas, Estudos, Ensino e Capacitação da corporação, ela sentiu vontade de expandir seus horizontes dentro da Segurança Pública. Daí, decidiu se inscrever no curso da SWAT, sendo a única mulher a participar da edição deste ano.

O curso, que acontece anualmente, é intensivo e passou este ano por diversas cidades do Texas como, Austin, San Marcos, Dallas, entre outros. A também pedagoga destaca que sentiu receio de participar da edição do ano passado pelo fato de não ter nenhuma mulher participando no curso. “Ano passado estive aqui na Califórnia visitando uma amiga e com intenção de ir para curso. No entanto, desisti porque nenhuma mulher havia se inscrito. Retornei para o Brasil e esse ano disse a mim mesma que eu iria participar do curso, mesmo que fosse apenas eu a única mulher”, aponta.

Ela conta que a vivência com uma corporação de maior amparo tecnológico contribui muito para uma futura adaptação da realidade profissional das corporações goianas. Deisy explica que pretende incorporar o aprendizado na CGM goiana. “O que aprendi aqui, tendo em vista que sou GCM, desejo inicialmente ser multiplicadora em minha instituição, nas instituições co-irmã, entre outras, desde que isso não fique só para mim. Penso que trocar experiências enriquece nosso saber”, conta.

Deisy durante o curso (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

Hoje, ela incentiva que mulheres que tenham interesse não se sintam intimidadas a fazer a inscrição para participar do curso. “Para mim foi uma experiência única, me fez, uma vez mais, ter a certeza que nós mulheres podemos muito. Que somos tão capazes. Que se traçarmos metas e tivermos atitude, alcançaremos o que desejamos tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Todos os sonhos são possíveis quando temos fé, foco e atitude”, afirma.

Excelência militar

Caminhos diferentes levaram o policial militar Júlio César ao curso. Ele  conta que foi convidado a participar da atividade após ganhar reconhecimento pelo Projeto Kalunga, programa social para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes em comunidades quilombolas.

Júlio, que está há cinco anos na PM goiana, lembra que conseguiu ir ao curso com a ajuda que recebeu dos colegas de corporação, que  organizaram eventos para arrecadar dinheiro para pagar os custos da viagem. “Eu realizei um sonho! Toda a ajuda que recebi foi muito de grande valia. E não conseguiria ser reconhecido como melhor do curso e melhor atirador sem a ajuda deles”, avalia.

Júnior ganhou como melhor atirador (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

O PM conta que é importante que novos agentes procurem melhorar a sua capacitação para garantir um retorno de maior eficiência à sociedade. “Em relação ao treino físico, nossa polícia é muito bem preparada. Em alguns aspectos, até melhor que a americana, mas a realidade aqui é diferente e essa diferença pode ser tratada por inovação”, destaca.

Júlio ainda adianta que tem mais cinco projetos sociais em andamento. Um deles é o Aprendendo com COD – Escolinha Futebol Arte, que já conta com a participação de 60 crianças que fazem aulas gratuitas de futebol. “Eu tive uma infância sem muito aparatos de lazer e vejo com esses projetos uma oportunidade das crianças e adolescentes terem um lugar para se divertir e praticar uma atividade física ou, quem sabe, uma base de profissão. Eu acredito numa polícia moderna, que engaja a sociedade e se torne tão importante como a prática ostensiva”, finaliza.