RACISMO

Genro é indiciado por chamar sogra de “galinha preta de macumba”, em Pontalina (GO)

A Polícia Civil concluiu as investigações e indiciou um homem por injúria racial contra a…

A Polícia Civil concluiu as investigações e indiciou um homem por injúria racial contra a ex-sogra. Segundo as investigações, por ter alguns desentendimentos com a vítima, ele a chamou de “galinha preta de macumba” para a filha dela. Caso aconteceu durante o mês de maio, na cidade de Pontalina, no Sul de Goiás.
Suspeito de chamar ex-sogra de "galinha preta de macumba" é indiciado, em Pontalina (Foto: Reprodução – Google Street View)

A Polícia Civil concluiu as investigações e indiciou um homem por injúria racial contra a ex-sogra. Segundo as investigações, por ter alguns desentendimentos com a vítima, ele a chamou de “galinha preta de macumba” para a filha dela. Caso aconteceu no mês de maio, na cidade de Pontalina, no Sul de Goiás.

De acordo com a polícia, o suspeito possui desentendimentos familiares com a vítima, pois já foi genro dela. As ofensas só chegaram ao conhecimento da vítima dias depois de proferidas, e só então a mulher procurou a delegacia para denunciar o crime.

O delegado do caso, Pedro Democh, ressalta que casos de injúria racial o crime é praticado através de ofensas envolvendo a raça, cor, etnia, religião ou origem da vítima. Justamente por isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu, dada a gravidade do delito, que trata-se de uma espécie do gênero racismo e, portanto, imprescritível.

Recentemente, o Senado Federal aprovou um projeto de lei que efetivamente equipara a injúria racial ao crime de racismo e aumenta a pena para casos cometidos em locais públicos destinados a práticas esportivas, artísticas e culturais. Caso essas alterações sejam sancionadas, tanto a injúria racial como o racismo passarão a ser punidos da mesma forma: dois a cinco anos de prisão. Além disso, o crime passará a ser também inafiançável.

Apesar de ter sido indiciado, o suspeito do crime está em liberdade e não será preso preventivamente, pois a situação não fornece suporte legal para isso, conforme o delegado. O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa do indiciado para manifestação.