Estelionato

Gerente de banco é preso suspeito de integrar quadrilha de fraudes bancárias em Goiânia

Após seis meses de investigação do serviço de inteligência da Polícia Militar, cinco homens foram…

Após seis meses de investigação do serviço de inteligência da Polícia Militar, cinco homens foram presos em Goiânia na tarde desta quinta-feira por policiais do Batalhão de Operações(Bope). Eles são suspeitos de integrar uma quadrilha responsável por diversas fraudes bancárias.

Um dos presos é Thiago Augusto Jacob, gerente do Banco do Brasil da agência da Avenida Anhanguera, em Campinas. Segundo a PM, a quadrilha começa as fraudes em precatórios da União. “Eles falsificavam os alvarás de juízes federais autorizando o saque do precatório e o gerente do banco do brasil criava contas. Ele criou várias contas em nomes de laranjas, de pessoas pobres, humildes, presas e até mortas. Então ele conseguia fazer a retirada do precatório em uma conta e ele pulverizava em várias contas”, explica o tenente Albernaz, do Bope.

Mas as fraudes não acabavam aí. Com os dados dos clientes, a quadrilha ainda clonava cartões das vítimas do país inteiro. “Eles pagavam os boletos com esses cartões e esse dinheiro tinha como destino as contas de laranjas. Eram boletos caríssimos”, ressalta o tenente. Em um vídeo gravado pela Polícia Militar, um dos suspeitos, Igor Djalma Shimitel Menezes, mostra como ele pagava boletos para a sua própria empresa.

A Polícia Militar acredita que o grupo agia há pelo menos um ano e movimentava milhões. Segundo os cálculos da PM, a quadrilha lucrou cerca de R$ 100 milhões no ano passado. “Só hoje eles iriam movimentar R$ 6,6 milhões. Só não fizeram porque prendemos eles”, comemora Albernaz.

Com os suspeitos, a polícia apreendeu 30 cartões clonados, diversos documentos falsificados, cheques e boletos falsos, além de computadores e impressoras de boleto bancário. Um dos presos, Albany Almeida dos Santos, ainda estava foragido e também já tem passagens por estelionado e roubo. Todos os detidos foram encaminhados até a sede da Polícia Federal em Goiânia.

Em nota, o Banco do Brasil informou que o funcionário já estava afastado de suas funções desde o dia 30 de dezembro de 2016. “O BB informa ainda que colabora com as investigações da polícia e está adotando todos os procedimentos cabíveis em relação ao caso”, diz o texto.