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Goiana pede ajuda para parto e tratamento de filha com deficiência grave no coração

Aos 36 anos, a psicóloga goiana Nara Barbosa está grávida da primeira filha. Moradora de…

Goiana pede ajuda para parto e tratamento de filha com deficiência grave no coração
Foto: Reprodução - Arquivo Pessoal

Aos 36 anos, a psicóloga goiana Nara Barbosa está grávida da primeira filha. Moradora de Senador Canedo, ela relata a felicidade extrema quando soube que estava esperando um bebê, uma vez que a gestação era planejada e muita aguardada. Porém, o início turbulento da gravidez levou Nara a descobrir que Helena, a bebê que ainda nem nasceu, sofre de uma grave deficiência cardíaca e que precisará de um caro tratamento fora de Goiás que definirá, inclusive, sua sobrevivência.

Ao Mais Goiás, Nara conta que essa é a primeira que ficou grávida na vida. A emoção logo passou a ser acompanhada do preocupação, uma vez que, desde o início, alguns acontecimentos já demonstravam que algo não estava certo. “Com 12 semanas de gestação, eu tive um sangramento muito forte e tive que ir pro hospital. Os médicos até me disseram que poderia ser início de aborto, porque eu sangrava muito e por muito tempo”, relembra a goiana, que foi orientada a procurar um especialista.

Foi durante um exame de ultrassom específico para verificar a situação dos órgãos internos de Helena, a filha ainda em gestação de Nara, que ela descobriu, algumas semanas depois, que a bebê sofria de uma grave cardiopatia congênita. “Foi um momento muito delicado, porque a gente ficou sem chão. Foi muito difícil”, recorda.

Após passar por três exames, Nara confirmou que filha tinha Tetralogia de Fallot e má anatomia e estenose pulmonar severa. A condição rara é causada por uma combinação de quatro defeitos cardíacos e que envolve o mau funcionamento de uma artéria que liga o pulmão ao coração. Caso o quadro do bebê não seja rapidamente avaliado e submetido ao procedimento cirúrgico – no tempo necessário -, pode levar ao óbito.

“Na barriga, que ela não precisa ‘respirar’, está tudo bem. Mas quando ela nascer e precisar respirar, pode faltar oxigênio e ela não conseguir”, explica.

Tratamento em São Paulo e pedido de ajuda

Logo quando soube da grave condição da filha, Nara descobriu que também não seria possível ter seu parto realizado em Goiânia. Devido à alta complexidade do caso, a psicóloga precisou ir para São Paulo, onde segue acompanhando a gestão no Hospital Beneficência Portuguesa.

No entanto, todas as consultas, exames e procedimentos médicos aos quais Nara terá que se submeter para garantir a saúde de Helena envolvem um alto custo. “Acionei o plano de saúde da empresa onde trabalho. Eles ainda não negaram e nem aprovaram, está em negociação” para a cobertura da cirurgia, internação e equipe médica. Nara destacou que essa mesma negociação envolve um advogado cujos honorários ficam muito acima do que a goiana pode pagar.

Como meio de solucionar o problema, Nara, que hoje está com 35 semanas de gestação, criou uma vaquinha virtual com meta de R$ 45 mil. Até o final da tarde desta quarta-feira (17), a arrecadação havia chegado a R$ 14.040. Segundo ela, o dinheiro servirá para ajudar a cobrir parte dos gastos com consultas – algumas chegam a custar R$ 1 mil – e exames não cobertos pelo plano de saúde, despesas judiciais, remédios, tratamento, logística (passagens, hospedagem, alimentação em São Paulo).

Além da vaquinha virtual, Nara também disponibilizou seu Pix para doações ([email protected]). Enquanto isso, ela e a mãe estão em São Paulo. Caso não haja nenhum imprevisto, o parto deve ocorrer entre 4 e 10 de dezembro.