HOMICÍDIO QUALIFICADO

Goianésia: pai e madrasta são indiciados pela morte do menino Davi Luís

A Polícia Civil indiciou, na manhã desta sexta-feira (25), o pai e a madrasta do…

A madrasta de Davi Luiz disse que agrediu o menino porque ele não fez as tarefas de casa. O caso ocorreu em Goianésia e é investigado. (Foto: Reprodução - Redes Sociais)
A madrasta de Davi Luiz disse que agrediu o menino porque ele não fez as tarefas de casa. O caso ocorreu em Goianésia e é investigado. (Foto: Reprodução - Redes Sociais)

A Polícia Civil indiciou, na manhã desta sexta-feira (25), o pai e a madrasta do menino Davi Luís Rodrigues Rosa, de 7 anos, que morreu após ser espancado no último dia 14 de fevereiro. O casal responderá por homicídio qualificado. As investigações indicam que garoto morreu por conta de uma infecção generalizada causada por chutes na barriga.

Durante o depoimento, a madrasta confessou que espancou Davi Luís assim que ele chegou da escola.

A mulher alega que pediu para o menino fazer as tarefas de casa, mas ele não obedeceu. Por conta disso, ela deu chineladas e um chute na criança como forma de punição.

Segundo a madrasta, ela não tinha intenção de matar o garoto, somente penaliza-lo por não ter feito as atividades.

Davi morreu na madrugada de quarta-feira (16), cerca de dois dias após ter sido espancado. O casal levou o menino até o hospital da cidade com hematomas no pé, afundamento na região do crânio, lesão no olho direito, abdômen rígido e a fratura.

O pai

O pai de Davi também será indiciado pelo crime mesmo não tendo participado das ações, segundo a polícia. Em nota, a delegada do caso, Ana Carolina Pedrotti, argumentou que o pai “tinha o poder e o dever de agir para evitar a morte do próprio filho”.

Também durante o depoimento, o homem contou que o menino passou mal durante toda a terça-feira (15), sem conseguir sair da cama.

“O pai apenas perguntou se o filho queria ir a um hospital. A criança recusou e continuou de cama. Suspeitamos que o menino era agredido desde que foi morar com ele [pai]”, ressaltou a delegada.

Conclusão da investigação

De acordo com a investigadora, ao longo da apuração, foram ouvidas testemunhas, realizados laudos e juntados documentos. 

Após análise, a investigadora concluiu que a madrasta e o pai devem responder  pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e com emprego de meio cruel (artigo 121, §2º, II e III, do Código Penal)