Opinião

Goiânia: Cemitério de sonhos

Por Nycolle Araújo Soares, colunista do Mais Goiás Mais uma vez outra vida cheia de…

Por Nycolle Araújo Soares, colunista do Mais Goiás

Mais uma vez outra vida cheia de sonhos acabou tão cedo. Poderia ter sido eu nos meus tempos de colégio ou poderá continuar tudo como está e ai talvez seja um de meus filhos ou, filhos de amigos. A verdade é que estamos todos a mercê da falência do Estado. Sistema penal arcaico, sistema prisional em colapso. E ao invés de melhorarmos tudo dando boa educação aos jovens, sucateamos as escolas, pagamos misérias aos professores e torcemos pra essa soma trágica dar certo.

Poderia ser qualquer um, saindo do trabalho, da casa dos amigos, de uma loja ou de um hospital. Não adianta falar em porte de armas, ainda que fosse liberado uma jovem como essa não estaria armada ao sair do colégio.

Não adianta inovar nas causas e culpar o governo. Já são 4 mandatos em que reelegemos o mesmo governante. A culpa então é nossa! Que não aprendemos a votar, que não fazemos o boletim de ocorrência quando deveríamos fazer, que fomentamos o comércio de produtos roubados. Se eles roubam celulares é por que tem quem compre, o mesmo que acontece com as peças de carros.

Continuar culpando os de sempre não vai evitar tragédias, na verdade isso só tem aumentado os números de mortes. O Governo é omisso?! Corrupto?! Indiferente? ! E quem elegeu ?! A dor que fica é saber que nada disso é justo, mais uma família devastada, mais uma jovem com uma vida inteira pela frente. Quantos mais ?! Quanto mais de dor vamos ter que passar pra aprender que a responsabilidade é nossa!!!!?.

Somos nós os responsáveis, coniventes, acomodados e conformados com o pouco que se recebe desses governantes. E ai muitos vão dizer, mas sou honesto não compro nada roubado…mas se sabe quem compra ou vende e não denuncia é conivente! Se votou no mesmo candidato ano após ano, é culpado também.

Eu com a minha parcela de culpa, só posso mais uma vez reconhecer que falhamos, como cidadãos, nós falhamos. E os sonhos vão morrendo, sempre.