Ameaçou matar crianças

Goiás: Condenado jovem que ameaçou massacre em escolas de Rio Verde

Ao ser ouvido, Bruno disse que, quando fez a gravação do vídeo de ameaça, ele se encontrava em um momento depressivo

Jovem que ameaçou invadir escolas em Rio Verde é condenado a 10 anos de prisão (Foto: PC - Divulgação)

O jovem que ameaçou cometer massacre em escolas de Rio Verde, Sudoeste de Goiás, foi condenado pela Justiça a uma pena de 10 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão. Bruno Costa Silva Filho, 23 anos, também terá que cumprir 40 dias multa. Ele foi preso no dia 8 de dezembro de 2023, após ameaçar invadir escolas para realizar massacre de crianças.

A condenação ocorreu na última terça-feira (19). Bruno cometeu usou a internet para praticar ameaça, preconceito, apologia e incitação ao crime.

Jovem condenado por ameaça de massacre fazia publicava conteúdos de ódio no Youtube

Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás, Bruno fazia lives no Youtube com ameaças de morte a crianças. Além disso, ele incitava a prática de crimes de estupro e homicídio contra menores, fazia apologia a ataques a escolas, além de destilar preconceito em relação a cor, sexo e naturalidade de pessoas.

Jovem afirmava que invadiria escola para matar ‘todas as crianças’

Três destes vídeos, considerados de maior relevância para o processo, foram postados nos meses de agosto, setembro e outubro do ano passado. As apurações mostraram que Bruno usava dois perfis, um próprio e outro com um codinome. Em um deles, o réu prometia invadir uma escola, matar todas as crianças e ainda colocar no corpo de cada uma o nome de delegados que, segundo ele, o perseguiam.

De acordo com o promotor de Justiça Marcelo Henrique Rigueti Raffa, de Rio Verde, no curso das investigações foi realizada uma busca e apreensão contra ele. Na ocasião, houve apreensão de um aparelho celular, uma webcam, um microfone e um computador. A verificação dos equipamentos ajudou a comprovar as evidências.

Defesa alegou depressão e ausência de provas

Ao ser ouvido, Bruno disse que, quando fez a gravação do vídeo de ameaça, ele se encontrava em um momento depressivo, fazendo uso de medicamentos e que se arrependeu no dia seguinte, tendo decidido excluir o vídeo.

Além disso, ele afirmou que o canal do YouTube não era de sua titularidade. A defesa do acusado, inclusive, requereu a sua absolvição, alegando ausência de provas. No entanto, a juíza Grymã Guerreiro Caetano Bento entendeu que, diante de todas as evidências presentes na denúncia do MP, não restaram dúvidas quanto ao dolo dos crimes praticados por Bruno.

Bruno está preso na Casa de Prisão Provisória de Rio Verde e deve cumprir a pena em regime fechado, não podendo recorrer da sentença em liberdade.

Quanto aos equipamentos apreendidos, a Justiça determinou que eles sejam destruídos.