Ilegalidade

Goiás ocupa 3ª posição na apreensão de cigarros contrabandeados

O Estado de Goiás ocupa, atualmente, o 3º lugar na apreensão de cigarros contrabandeados no…

O Estado de Goiás ocupa, atualmente, o 3º lugar na apreensão de cigarros contrabandeados no Brasil, atrás apenas do Paraná e Mato Grosso do Sul. Os dados foram divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta quinta-feira (23). Segundo a corporação, nos quatro primeiros meses de 2019, quase cinco milhões de maços foram interceptados somente nas rodovias federais que passam por Goiás.

Conforme a PRF, o crescimento de 200% nas apreensões feitas no primeiro quadrimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2018 contribuiu para a superlotação do depósito da Receita Federal no estado, localizado em Senador Canedo, que já enfrenta dificuldades para incinerar o material apreendido. Hoje, cerca de 80 caminhões e carretas que trabalhavam a serviço do contrabando de cigarros estão no pátio da Receita, na região metropolitana de Goiânia, à espera de destino.

Segundo a corporação, são veículos com alto valor de mercado, custando aproximadamente R$ 200 mil cada um, que foram roubados ou adulterados para fazerem o transporte do ilícito. Alguns chegam a custar até R$ 800 mil. As mercadorias já foram encontradas em caminhões de verduras, disfarçadas em meio a grãos de soja e até em compartimento secreto de um caminhão-tanque que fazia o transporte de óleo vegetal.

Ao Mais Goiás, a assessoria da PRF informou que a alta nos índices se deve a dois principais fatores. O primeiro deles é a aproximação entres as forças policiais. Segundo a equipe, a troca de informações entre corporação, a Polícia Militar (PM) e a Receita Federal tem propiciado o aumento de apreensões e desarticulação de quadrilhas ligadas ao crime. O segundo, conforme a assessoria, refere-se ao mercado atrativo e rentável. A facilidade de comércio e alta lucratividade seria um dos fatores primordiais para o aumento apontado.

Além disso, a busca por caminhos alternativos faz com que Goiás seja alvo dos criminosos. Para a PRF, com o bloqueio das rotas tradicionais, os contrabandistas procuram novos locais de transporte e acabam chegando até as rodovias do Estado.

De acordo com a corporação, além dos prejuízos à saúde humana e sonegação fiscal com alto impacto nas contas públicas, o contrabando de cigarros alimenta a prática de crimes mais violentos como o roubo de veículos. A maioria dos caminhões apreendidos são produtos de roubo ou tiveram sua identificação adulterada. Os criminosos utilizam esta estratégia para evitar que o prejuízo seja ainda maior, com a perda do automóvel.

No depósito da Receita Federal em Goiás, estão milhões de maços de cigarro para serem incinerados e 80 veículos envolvidos no transporte irregular aguardam a destinação.