Região Metropolitana

Goiás Pesquisas/Mais Goiás: quase 90% das mulheres já foram vítimas de violência

Cerca de 86,2% das mulheres já foram vítimas ou conhecem alguém que já sofreu algum…

Cerca de 86,2% das mulheres já foram vítimas ou conhecem alguém que já sofreu algum tipo de violência, segundo pesquisa realizada pelo Goiás Pesquisas, em parceria com o Mais Goiás. A iniciativa entrevistou 618 mulheres nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Trindade, entre os meses de junho e julho deste ano.

Quando questionadas sobre o que é violência contra mulher, mais da metade (52,7%) responderam que se trata de agressão física. As demais responderam que se trata de ofensa verbal ou moral (24,8%), manipulação psicológica (9%), extorsão financeira (6,3%) ou obrigação sexual (5%). Do total, apenas 14 mulheres responderam não saberem o que é violência contra mulher.

Das mulheres que afirmaram ter sido vítimas de algum tipo de violência, 43,6% sofreram violência física; 21,1%, violência verbal ou moral; 11% foram vítimas de violência sexual e 2,7% responderam que o tipo de violência foi financeira.

Denúncia

Das vítimas, apenas 63,6% realizaram denúncia. Porém, após denunciar o agressor, poucas delas receberam apoio.

Das denunciantes, 28,6% receberam apoio do poder público, mas alegaram que não foi suficiente; 16,3% receberam apoio da família, mas não integral; 12,4% receberam apoio de uma instituição religiosa, embora com condições; e 6,3% receberam apoio de amigos, porém, com compaixão pelo agressor.

A principal razão para que 36,4% das mulheres não denunciassem os agressores foi medo das consequências (14,7%). Na sequência, vem desconfiança no poder público (11,6%); ou por temer rompimento de vínculos sociais (10,1%) não denunciarem os autores.

Violência

Quando questionadas sobre o que deveria ser feito para diminuir a violência contra a mulher, 59,7% das entrevistadas responderam que seria “com um maior emprenho do poder público”. Já 25,9% acreditam que deveria ocorrer uma mudança cultural em nosso país.

O levantamento também registrou respostas favoráveis à pena de morte ou castração química (8,2%) e também em prol de uma apuração mais cautelosa e de um maior profissionalismo para evitar equívocos (6,2%).