REPERCUTIU NEGATIVAMENTE

Governo de Goiás desiste de liberar reservatório do João Leite para lazer e turismo

O Governo de Goiás abandonou a ideia de liberar o reservatório da Barragem João Leite…

O Governo de Goiás abandonou o projeto que pretendia usar o reservatório da Barragem João Leite e do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco para práticas de lazer e turismo, como pesca, canoagem e até churrasco. O comunicado foi dado por meio de nota, nesta sexta-feira (22). A proposta teve uma repercussão negativa e vinha sofrendo críticas de especialistas e da própria população, já que o espelho d´água é responsável pelo abastecimento público da capital e região metropolitana.
Governo de Goiás desiste de usar reservatório do João Leite para lazer e turismo (Foto: Semad - Divulgação)

O Governo de Goiás abandonou a ideia de liberar o reservatório da Barragem João Leite e do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco para práticas de lazer e turismo, como pesca, canoagem e até churrasco. O comunicado foi dado por meio de nota, nesta sexta-feira (22). A proposta teve uma repercussão negativa e sofreu críticas de especialistas e da própria população, já que o espelho d’água é responsável pelo abastecimento público da capital e região metropolitana.

A ideia inicial era reabrir trilhas que hoje estão fechadas para visitação, assim como criar um circuito de cicloturismo que interligaria Goiânia ao Caminho de Cora Coralina, em Corumbá de Goiás, com aproximadamente 80 quilômetros. O plano também era o de usar o lago para atividades como stand-up paddle, natação, mergulho, canoagem, pedalinho, competições e outras.

Entretanto, nesta sexta (22), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) voltou atrás e informou que “o uso hídrico do Reservatório do João Leite ficará exclusivamente para abastecimento da Região Metropolitana da Capital, como já ocorre”.

O professor da PUC Goiás e engenheiro agrônomo Antônio Pasqualetto havia analisado que, caso o projeto fosse aprovado, os impactos poderiam ser sentidos na água, ar, solo. Isso porque haveria um risco maior de contaminação da água e incidência de incêndios na Área de Preservação Permanente. Além disso, poderia também haver mais chances de ações criminosas intencionais, o que demandaria ações de fiscalização frequentes.

Oficialmente, o governo negou que o projeto tivesse qualquer intuito de devastar a área ambiental ou de alterar seu uso atual. Em nota, disse que a decisão de abandonar o projeto aconteceu depois de uma reunião de ‘consulta pública, com técnicos e especialstas ambientais, na última segunda-feira (18). Confira abaixo a nota na íntegra:

“O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), esclarece que após as discussões acerca dos planos de Manejo e Uso Público e da Zona de Amortecimento do Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco e do Parque Estadual do João Leite, ocorridas em consulta pública com ampla participação popular, decidiu-se pelo uso hídrico do Reservatório do João Leite exclusivamente para abastecimento da Região Metropolitana da Capital, como já ocorre.

A consulta pública é um mecanismo formal e legal, que torna o processo democrático, espaço este que dá voz a todos os interessados. Assim, após a análise das contribuições e ampla discussão, a decisão foi tomada em convergência com a manifestação e consenso da maioria, ouvidos técnicos e especialistas.”