OPERAÇÃO PRAVUM II

Grupo é suspeito de fraudar aposentadorias em Itajá; prejuízo seria de R$ 3 mi

A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta quinta-feira (17), 12 mandados de busca e…

A Polícia Federal (PF) investiga um grupo suspeito de fraudar aposentadorias por invalidez e causar prejuízo de quase R$ 3 milhões. Foto: Reprodução (Foto: Reprodução / PF)

A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta quinta-feira (17), 12 mandados de busca e apreensão na cidade de Itajá, interior de Goiás, contra um grupo suspeito de fraudar aposentadorias por invalidez. Segundo a corporação, a organização criminosa causou prejuízo de quase R$ 3 milhões aos cofres públicos entre 2010 e 2018.

Denominada “Pravum II”, a operação investiga advogados, médicos peritos e funcionário do cartório cível de Itajá. Além de fraudar aposentadorias por invalidez, o grupo também tinha um esquema fraudulento de obtenção judicial de benefícios de prestação continuada à pessoa com deficiência, assim como aposentadoria por idade ao trabalhador rural.

As investigações tiveram início em fevereiro de 2020 e apontaram o deferimento de 913 aposentadorias por invalidez entre 2010 e 2018, em Itajá. Na prática, este número demonstrou que 1/4 da população do município seria inválida de forma permanente para o trabalho. Total de habitantes da cidade é 4.539, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esquema

Ainda conforme as apurações, de todos os benefícios previdenciários ativos em Itajá, 35,71% foram conquistados por meio de decisão judicial. De acordo com a Polícia Federal, os requerimentos para a concessão dos benefícios eram fundamentados com declaração de endereço; componentes e rendas falsos; omissão sobre a propriedade de bens; profissão; renda incompatível; laudos periciais atestando incapacidades inexistentes e outros.

A corporação estima que o grupo criminoso tenha causado prejuízo de quase R$ 3 milhões aos cofres públicos. Este número, no entanto, poderia chegar a mais de R$ 11 milhões, com pagamentos futuros aos aposentados de forma fraudulenta.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa e estelionato previdenciário, com penas que atingem mais de 10 anos de prisão.