OPERAÇÃO VENDILHÕES

Grupo Kurujão reafirma licitude de negócios com Afipe de Padre Robson

Com o arquivamento da ação contra o padre Robson de Oliveira, o Grupo Kurujão se…

Grupo Kurujão reafirma licitude de negócios com Afipe de Padre Robson
Grupo Kurujão reafirma licitude de negócios com Afipe de Padre Robson

Com o arquivamento da ação contra o padre Robson de Oliveira, o Grupo Kurujão se manifestou, mais uma vez por nota, sobre a Operação Vendilhões, da qual também foi alvo. No texto, a empresa reafirmou a licitude dos negócios realizados com a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), fundada por padre Robson de Oliveira.

“Hoje, o Grupo Kurujão, por meio de seu Presidente, Douglas dos Reis, vem informar que o Tribunal de Justiça de Goiás (…) concedeu a ordem para determinar o trancamento das investigações capitaneadas pelo Ministério Público do Estado de Goiás, bem como determinar o desbloqueio dos bens constritos, considerando que foi reconhecida a licitude das negociações realizadas pela Afipe, especialmente no tocante a compra da TV RCI, atual TV Pai Eterno, visto que trata de associação privada regida pelo Código Civil Brasileiro”.

Ainda segundo o grupo, ao saber da decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) nesta terça-feira (6), requereu ao Juízo da Vara dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais da Comarca de Goiânia-GO o trancamento de todo e qualquer ato investigatório procedido pelo MP-GO nos autos dos procedimentos de investigação.

Relembre

Destaca-se que, Douglas dos Reis, que é dono da maior rede de postos de combustível de Goiás, o Posto Kurujão, e da KD Administradora de Bens, foi citado na decisão da juíza Placidina Pires (de agosto), da Vara dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, que autorizou a Operação Vendilhões. Conforme o relatório, estas duas teriam realizado uma série de transações imobiliárias, entre 2018 e 2019.

A KD teria recebido dezenas de imóveis de propriedade das Afipes em acordos, que foram “evidentes prejuízos” para as associações. Foi apontado possível crime de lavagem de dinheiro, nestas. A Afipe teria celebrado, também, um acordo com imóvel adquirido em 2013 por R$ 1,350 milhão por R$ 2 milhões com a KD, em 2019. A empresa, em seguida, hipotecou o bem por R$ 7,35 milhões em negociação com a empresa Raizem Combustíveis S.A. (Shell). Isso teria ocorrido com dezenas de outros imóveis, conforme exposto na decisão da magistrada.

A KD Administradora de Bens teria sido constituída em novembro 2018 por Ademar Euclides e Marcos Antônio Alberti, proprietários da Sul Brasil. Porém, eles foram substituídos por Douglas Reis, Elza Fátima dos Reis e Vivian Fátima dos Reis, os mesmos proprietários do Auto Posto Kurujão.

Em 2018, conforme o texto, foi criada a Kurujão Administradora de Bens. Nela, são sócios Douglas Reis e os dois últimos sócios da Sul Brasil: Ademar Euclides e Marcos Antônio.

Entenda mais na matéria “Saiba quem é quem no escândalo da igreja de Trindade“.

Defesa naquele momento

À época, o grupo também ao Mais Goiás uma nota. Segundo Douglas, “não houve transação imobiliária diretamente com a Afipe, mas sim o recebimento de imóveis arrolados em um acordo com Marcos e Ademar, sócios da empresa Sul Brasil [também citados] que, em 2016/2017 venderam a TV RCI para a Afipe, recebendo parte do pagamento em imóveis”.

Ainda segundo aquele texto, em meados de 2018, Marcos e Ademar compraram 50% do complexo empresarial do Grupo Kurujão, ocasião em que foi dado como parte do pagamento imóveis recebidos da associação e que “estão registrados na empresa KD Administradora de Bens Ltda”.

Decisão

Nesta terça, o desembargador Nicomedes Domingos Borges decidiu, sendo acompanhado por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás, arquivar a ação do Ministério Público (MP-GO) contra o padre Robson de Oliveira, no âmbito da Operação Vendilhões. Com isso, fica reconhecido que não houve a qualquer ilicitude praticada pelo religioso. A assessoria reforça que o religioso sempre se dispôs a esclarecer toda e qualquer dúvida sobre a sua atuação na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) ou em qualquer outro âmbito de evangelização.

Padre Robson era investigado no âmbito da Operação Vendilhões. Esta foi deflagrada pelo MP-GO para investigar o religioso por supostos crimes de apropriação indébita, lavagem de capitais, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica junto a dirigentes da Afipe.

Confira a nota completa desta terça-feira do Grupo Kurujão:

“Na manhã do dia 21 de agosto do corrente ano o Grupo Kurujão foi surpreendido com uma operação de busca e apreensão em sua sede por força de ordem judicial requerida pelo MPGO na intitulada “Operação Vendilhões”. A partir de então inúmeras suspeitas e inverdades foram lançadas pela mídia e rede sociais contra a imagem do Grupo Kurujão e da Família Reis pelas transações imobiliárias que NÃO foram realizadas entre Kurujão/Família Reis e AFIPE, mas entre Kurujão, Marcos e Ademar, sócios da Sul Brasil e atuais sócios do Grupo Kurujão.

Hoje, o Grupo Kurujão, por meio de seu Presidente, Douglas dos Reis, vem informar que o Tribunal de Justiça de Goiás, por sua 1ª Câmara Criminal, ao julgar ação de habeas corpus processada sob o n. 5448153.87.2020.8.09.0000, concedeu a ordem para determinar o trancamento das investigações capitaneadas pelo Ministério Público do Estado de Goiás no interesse do PIC 002/2018 e 003/2018, bem como determinar o desbloqueio dos bens constritos, considerando que foi reconhecida a licitude das negociações realizadas pela AFIPE, especialmente no tocante a compra da TV RCI, atual TV Pai Eterno, visto que trata de associação privada regida pelo Código Civil Brasileiro.

A par da referida decisão proferida na tarde dessa terça-feira, 06 de outubro do corrente ano, o Grupo Kurujão requereu ao Juízo da Vara dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais da Comarca de Goiânia-GO o trancamento de todo e qualquer ato investigatório procedido pelo MPGO nos autos dos Procedimentos de Investigação Criminal n. 002 e 003 de 2018, além da liberação das contas bloqueadas justamente por ter realizado negociações lícitas com as pessoas de Marcos e Ademar, sócios da empresa Sul Brasil, empresa essa que vendeu a TV RCI, atual TV Pai Eterno para a AFIPE nos idos de 2017/2018.

O Grupo Kurujão sempre confiou na Justiça Goiana e sabidamente que a verdade seria restabelecida no tempo e modo certo.”