Aumento da tarifa

Grupo realiza manifestação contra o aumento da passagem de ônibus na Praça do Bandeirante

Os 11 integrantes da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) reuniriam-se na manhã desta sexta-feira…

Os 11 integrantes da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) reuniriam-se na manhã desta sexta-feira (19) na sede da Companhia Metropolitana do Transporte coletivo (CMTC) para discutir, entre outros assuntos, o aumento da tarifa do sistema de R$ 3,70 para R$ 4,05. Entretanto, segundo a assessoria da CMTC, o evento teve que ser adiado para as 16h da próxima segunda-feira (22), em razão de incompatibilidades na agenda do presidente da CDTC, Gustavo Mendanha, que também é prefeito de Aparecida de Goiânia, e do prefeito Íris Rezende.  Por outro lado, está sendo realizado, na Praça do Bandeirante, um protesto contra o reajuste.

De acordo com informações do Movimento Contra Catraca, responsável pela iniciativa, a expectativa é de que 800 pessoas se aglutinem no local. Na pauta de reivindicações também estão melhorias nos ônibus, mais segurança para os passageiros e melhores remunerações dos motoristas e funcionários dos terminais.

Segundo o estudante Rafael Neves, que integra o MCC, da Praça do Bandeirante, a manifestação será conduzida ao Palácio Pedro Ludovico, onde o grupo pretende entregar uma carta com as demandas para o governador Marconi Perillo. De lá o grupo seguiria a sede da CMTC, no Setor Universitário, onde também entregariam uma cópia do documento aos representantes da câmara deliberativa. Neste instante, após serem informados do adiamento da reunião, a organização avalia se irá ou não manter o itinerário.

“A gente se coloca contra o aumento porque, desde 1995, quando a passagem custava R$ 0,40, houve um aumento de 900% no valor da tarifa, enquanto o salário mínimo teve um reajuste de apenas 400%. Isso é um abuso. Além disso, sabemos que o aumento não trará mudanças. Se o dinheiro extra fosse revertido para melhorias no sistema, no salário dos motoristas e na qualidade das viagens, talvez o movimento tomasse outro rumo”.

Reajuste

De acordo com assessoria de imprensa do presidente da CDTC Gustavo Mendanha, que também é prefeito de Aparecida de Goiânia, o reajuste da tarifa é uma demanda das empresas do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e é embasado em um estudo respaldado pela Agência Goiana de Regulação (AGR).

Segundo Gustavo Mendanha, o tema “melhorias no transporte coletivo” volta, mais uma vez, à mesa de negociações. Gustavo entende que muito do que se discutiu em reuniões passadas não avançou de fato. As, por outro lado, alegam que como a tarifa está há dois anos sem reajuste e não tem capacidade para novos investimentos.

Além de Gustavo, fazem parte da CDTC o prefeito de Goiânia Íris Rezende; o secretário de Estado de Meio Ambiente, Cidades, Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos Vilmar Rocha; e o prefeito de Senador Canedo Divino Lemes, que representa os demais prefeitos da Região Metropolitana.

Também compõe o grupo o deputado estadual Marlúcio Pereira, representante da Assembleia Legislativa; o vereador Clécio Alves, representante da Câmara de Goiânia; o presidente da AGR, Ridoval Chiarelotto; o secretário municipal de Planejamento e Habitação, Agenor Mariano; o secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade de Goiânia, Fernando Santana; o presidente da CMTC, Fernando Meirelles; e o vereador por Trindade, Agneuson Alves, representante das Câmaras Municipais da Região Metropolitana.