FEMINICÍDIO

Homem que fugiu de presídio e matou a ex é condenado a 8 anos de prisão em Goiás

Um homem identificado como Adriano Vicente de Souza, de 37 anos, foi condenado a 8…

A mulher acusada de matar o amante a facadas em Goiânia enfrenta júri popular nesta terça-feira (9).(Foto: TJGO)
A mulher acusada de matar o amante a facadas em Goiânia enfrenta júri popular nesta terça-feira (9).(Foto: TJGO)

Um homem identificado como Adriano Vicente de Souza, de 37 anos, foi condenado a 8 anos de prisão pelo feminicídio da ex-companheira Deocleciana Mendes Alves, na cidade de Palmeiras de Goiás. O crime ocorreu em outubro de 2016, em uma via pública do município.

De acordo com os autos, o casal era usuário de drogas e foi preso por tráfico de drogas e outros crimes. Em 2016, a vítima cumpria pena no regime semiaberto, enquanto o companheiro estava no regime fechado.

À época, Adriano descobriu que a Deocleciana passou a se envolver com outro homem e disse a colegas de cela que mataria a mulher quando saísse da prisão. No início de 2016, o acusado fugiu do presídio de Palmeiras de Goiás. A vítima ficou sabendo da fuga e passou a se esconder.

O crime

Em outubro daquele ano, Adriano encontrou a ex-companheira em uma via pública e efetuou diversos disparos de arma de fogo contra a vítima. Depois do crime, o homem roubou um carro em Trindade, onde foi novamente preso.

Com ele, a polícia apreendeu uma arma de fogo do mesmo calibre daquela usada para ceifar a vida da Deocleciana.
Após perícia na arma, foi comprovado que haviam sido deflagrados apenas dois disparos, igual número de projéteis que atingiram a vítima.

Condenação

Na quinta-feira (15), Adriano foi condenado a 8 anos e seis meses de prisão no regime inicialmente fechado.

Na decisão, o juiz Jesseir Coelho Alcântara salientou que o denunciado agiu por motivo fútil, uma vez que tirou a vida da vítima porque ela estava se relacionando afetivamente com outro homem, assim como por praticar o fato contra mulher por razões da condição do sexo feminino, envolvendo violência doméstica e familiar, tendo restado caracterizada a relação íntima de afeito entre as partes.