EM CATALÃO

Hospital cancela doação de órgãos de mulher que morreu com alergia à tinta de cabelo

A Santa Casa de Catalão informou que não haverá doação dos órgãos de Karine de…

Foto: Reprodução

A Santa Casa de Catalão informou que não haverá doação dos órgãos de Karine de Oliveira Souza, a auxiliar administrativa de 34 anos que morreu após ter uma forte reação alérgica à tinta de cabelo. A expectativa era de que pacientes de outros estados recebessem os órgãos; no entanto, os médicos avaliaram que eles não estavam em condições para isso.

A informação foi confirmada ao Mais Goiás na tarde desta segunda-feira (15). Segundo a assessoria da Santa Casa de Catalão, a previsão da unidade era de doação dos órgãos de Karine para pacientes de Goiás, São Paulo e Minas Gerais.

Entretanto, segundo o hospital, durante a madrugada, quando a equipe de captação de órgãos de Goiânia iniciou a cirurgia, “observou que os órgãos não estavam em condições de serem doados”.

A equipe de captação e órgãos ressaltou que a má condição dos órgãos, que impossibilita a doação, não tem relação com a reação alérgica que Karine teve e que isso é normal em protocolos de morte encefálica como o que foi aberto para a mulher.

O corpo já foi liberado para o IML.

Relembre o caso

Karine de Oliveira Souza foi hospitalizada no dia 10 de fevereiro, quarta-feira, após ter uma forte reação alérgica à uma tinta de cabelo. O Corpo de Bombeiros informou, na ocasião, que ela teve uma parada cardiorrespiratória, estava inconsciente e sem pulso e teve que ser reanimada antes de ser levada para a Santa Casa de Catalão.

Logo após a internação, Karine teve uma piora em seu quadro de saúde e foi levada para a unidade de terapia intensiva (UTI) da . A cabeleireira do salão que a atendeu contou que ela nunca havia pintado o cabelo no local antes e que após ter o produto aplicado, pediu para retirá-lo, uma vez que começou a sentir formigamento nas mãos e falta de ar.

Na madrugada de sábado, dia 13, a Santa Casa de Catalão abriu um protocolo de morte encefálica. No entanto, em decorrência da instabilidade dos sinais vitais, o protocolo foi anulado e outro foi aberto às 9h do mesmo dia, quando houve estabilização. O protocolo foi fechado por volta de 17h20, confirmando a morte cerebral.