Idosa com tumor no joelho compra triciclo pela internet, mas não o recebe

A Polícia Civil investiga o caso de uma idosa que comprou um triciclo elétrico em um site de vendas, mas não recebeu o veículo que custou R$ 3,2 mil. Sônia Rosa é moradora de Trindade, região metropolitana de Goiânia, e sofre com um tumor no joelho que prejudica a locomoção há seis anos. O triciclo seria usado para ajuda-la a andar após anos sendo dependente de uma bengala.

Anúncio do triciclo elétrico

De acordo com a investigação, Sônia viu um anúncio de um modelo do veículo no site Luiza BW por R$ 5.469,00 e fechou o negócio. Segundo a vítima, ao entrar em contato com a empresa, ela foi atendida por uma mulher “muito agradável” que realizou um “tratamento especial”, mas após transferir R$ 3.254 via PIX, a atendente não respondeu mais as mensagens e nem atendeu as ligações.

A vítima, que trabalhou desde jovem como empregada doméstica, já passou por três cirurgias desde que desde que descobriu os problemas na articulação e tumor.

Para conseguir comprar o triciclo elétrico, ela juntou o dinheiro da aposentadoria de R$ 20 em R$ 20 por mais de um ano e solicitou um empréstimo do banco para completar o valor necessário. Além de não receber o veículo, ela terá que pagar 12 parcelas de R$ 500.

O site segue com o funcionamento normal e oferece 15% de desconto para pagamentos à vista, como no caso de Sônia.

Não é o primeiro caso

Em uma pesquisa rápida feita pela internet, o Mais Goiás encontrou outras 57 reclamações de clientes que alegam ter passado pela mesma situação que a aposentada.

“Eles atendem pelo WhatsApp antes de fechar compra. Depois da compra, não responde mais. Fiz um pagamento no PIX devido ao site ter os requisitos de segurança, porém não consegui meu dinheiro de volta e não recebi meu produto, você procura o endereço da loja e não existe”, comenta um cliente.

“Comprei 2 produtos nessa empresa, logo fiz o PIX e me responderam que iam proceder ao faturamento para entrega. Liguei e me atenderam confirmando o pagamento. Depois desse contato, não consegui mais qualquer resposta pelo WhatsApp. Não atendem, nem retorna as mensagens”, afirma outro cliente.

Sônia registrou o caso na Delegacia de Trindade.

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