INVESTIGAÇÃO

Incêndio que matou duas crianças em Nerópolis foi acidental, diz perícia

A Polícia Civil confirmou, nessa terça-feira (13), que o incêndio que vitimizou as duas crianças…

Nerópolis
O cômodo após o incêndio. (Foto: Divulgação - CBM)

A Polícia Civil confirmou, nessa terça-feira (13), que o incêndio que vitimizou as duas crianças (uma de cinco meses e outra de dois anos) em Nerópolis foi acidental. Ao Mais Anápolis, o delegado responsável pelo caso, André Fernandes, afirmou que todos os elementos no local comprovam que a mãe das crianças estava preparando a janta quando o fogo começou.

O delegado diz que a mulher ainda não prestou depoimento. Porém, a versão dada à polícia se encaixa com as provas. “Ela contou que havia se mudado há três dias para a casa do irmão junto com as filhas e que estavam vivendo em um quartinho separado da casa. De acordo com ela, nesse cômodo não tinha iluminação” conta Fernandes.

Leia também: Crianças morrem carbonizadas após quarto de casa pegar fogo, em Nerópolis

Segundo a mulher, por causa da mudança roupas e colchões estavam amontoados no quarto. Enquanto preparava o jantar na cozinha, deixou uma vela acesa no quarto para as filhas não ficarem no escuro.

“Uma terceira criança estava nesse quarto, assim que a vela caiu e começou o incêndio, ela saiu correndo para pedir ajuda. De acordo com a mãe, foi nesse momento que viu as chamas e no desespero tentou apagar o fogo com baldes de água”, explica o delegado.

De acordo com a perícia, por causa das roupas que estavam no quarto, o fogo se espalhou rápido e logo consumiu todo o cômodo. Os corpos das vítimas ainda estão no Instituto Médico Legal (IML).

Uma das crianças tinha dois anos e a outra cinco meses. (Foto: Redes sociais)

Uma das crianças tinha dois anos e a outra cinco meses. (Foto: Redes sociais)

 

“No local, tudo se encaixa com o relato da mãe, o frango na pia, o arroz refogado, a mudança recente, os baldes no fundo da casa, então tudo indica que realmente foi um acidente”, conta Fernandes.

Até o momento, duas testemunhas foram ouvidas, sendo elas, o cunhado e um vizinho que passava no local e foi ajudar a apagar as chamas. De acordo com Fernandes, a mãe pode ser responsabilizada por deixar a vela acesa no quarto.