jogado contra colchão

Indiciado padrasto que matou enteado de 2 anos ao arremessá-lo contra colchão, em Rio Verde

A mãe do menino vai responder por tortura, pois sabia das agressões e não tomou nenhuma atitude

Criança de 2 anos morta pelo padrasto estava com o braço quebrado e outras lesões, afirma delegado
Criança de 2 anos morta pelo padrasto estava com o braço quebrado e outras lesões, afirma delegado (Foto: Reprodução/Vídeo)

A Polícia Civil concluiu as investigações e indiciou por homicídio qualificado o padrasto do menino Deryck Luca Silva Braga, de 2 anos. Criança morreu após ser arremessada repetidas vezes contra um colchão fino que estava no chão de casa, em Rio Verde. A mãe do menino vai responder por tortura, pois, segundo a polícia, sabia das agressões ao filho há meses e não tomou nenhuma atitude.

O crime aconteceu no dia 20 de novembro. O delegado Adelson Canedo explicou que o padrasto, Fábio Mendes de Oliveira, tentava dormir, mas não conseguia porque o enteado estava chorando com medo dele. Fábio estava casado com a mãe da criança, Letícia Silva da Conceição, há três meses.

O suspeito mostrou aos policiais como jogou a criança contra o colchão, a reconstituição informal foi gravada. No vídeo, ele aponta como a criança sentiu os impactos enquanto demonstrava as agressões com o urso de um brinquedo. A filmagem não será mostrada.

“Quando ele caiu, essa parte aqui [mostrando a coluna do menino] foi muito forte. Eu admito que foi forte, já na primeira vez. Quando ele se levantou, foi mais forte ainda. Eu me extrapolei. Ele bateu o pescoço e começou a ficar sem ar”,

Confissão do padrasto da criança, Fábio Mendes de Oliveira, à polícia na época da prisão
Menino espancado pelo padrasto em Rio Verde tinha dificuldade de socializar com outras crianças, diz babá
Menino espancado pelo padrasto em Rio Verde tinha dificuldade de socializar com outras crianças, diz babá (Foto: Divulgação/PC)

O menino chegou a ser internado, mas a morte cerebral foi constatada no dia 22 de novembro. Porém, perícia aponta que as agressões aconteciam há mais tempo, com machucados antigos em diversas partes do corpo já cicatrizados.

“Não dá para imaginar como tanta lesão cabia em um corpo tão pequeno”.

Delegado responsável pela investigação, Adelson Canedo

Omissão

Diversas testemunhas revelaram à polícia que avisaram à mãe sobre as agressões de Fábio contra Deryck, mas nada foi feito. A mãe disse à polícia que sabia das agressões sofridas pelo filho, mas alegou que não fez nenhuma denúncia ou tentou impedir por medo do companheiro. Ela segue em liberdade.

“A babá contou que o menino via o Fábio e segurava nas pernas dela. No dia do crime, o Deryck acordou, não viu a mãe no quarto, apenas o padrasto, de quem tinha medo, e começou a chorar. Sem conseguir dormir, Fábio o jogou contra o colchão”.

Delegado responsável pela investigação, Adelson Canedo