Violência

Jornalista é encontrado morto em chácara de Abadia de Goiás

Corpo dele foi encontrado por um vizinho que viu a porta da casa dele arrombada. Filho acredita que pai foi vítima de latrocínio

Jornalista é encontrado morto em chácara de Abadia de Goiás

O jornalista e artista plástico Eduardo Ramos Jordão, 77 anos, foi encontrado morto dentro da chácara onde morava, na região de Abadia de Goiás, na tarde da última segunda-feira (28). A informação foi confirmada pelo filho dele, André Jordão, que levanta a hipótese de latrocínio. Segundo ele, a residência estava toda revirada.

De acordo com André, o corpo pai foi encontrado por um vizinho, após notar que a porta da casa do jornalista estava arrombada. O filho diz ainda que tudo indica que o pai foi morto a pauladas. “Meu pai não gostava muito de Goiânia. Por isso ele passava a maior parte nessa chácara. Ele era uma pessoa muito tranquila. Não merecia isso”, relata.

O horário do velório ainda não foi marcado, mas André adianta que a será realizado na tarde desta terça-feira (29) no Cemitério Jardim das Palmeiras. O filho pede justiça pela morte do pai. “Esperamos que o caso seja resolvido e que todos os envolvidos sejam presos. Meu pai era uma pessoa do bem”, finaliza. O suposto latrocínio será investigado pela Polícia Civil em Trindade.

Tristeza

O vereador Paulo Magalhães (DEM), que era muito amigo de Eduardo, lamentou a morte. “Conheci o Eduardo em 1966. Fomos presos junto na época da ditadura e participamos de muitas greves estaduais. De uns anos para cá, ele cuidava do jornal Cidade de Campinas e homenageava algumas personalidades do setor. O que aconteceu com com ele foi um absurdo. Esperamos justiça”, afirma.

Currículo

Além de jornalista, Eduardo era cantor, compositor, empresário, ambientalista e artista plástico. Por diversas vezes, ele apresentou suas obras no saguão da Assembleia Legislativa (Alego), a última delas em 2012. Na ocasião, ele falou de um dos objetivos que tinha com suas obras: “[Busco] seduzir os olhos dos apreciadores das obras, ao usar os passarinhos como símbolos da liberdade”.